No comando da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes é uma das mulheres mais atuantes no setor de saúde suplementar
Por Karin Fuchs
Advogada por formação, Solange Beatriz Palheiro Mendes começou sua carreira com escritório próprio e pouco tempo depois ingressou no Banco do Brasil, mantendo os dois, até o nascimento dos filhos, quando optou pelo emprego no banco. Posteriormente, atuou no Ministério da Fazenda como assessora jurídica, depois na Sunab e, em 1995, foi apresentada ao setor de seguros ao assumir o cargo de secretária geral na Susep e, na sequência, a diretoria.
“Como diretora da Susep, passei a discutir o projeto que resultou na lei 9656 dos planos de saúde”, recorda-se. Conhecida pelo então Ministro da Saúde, José Serra à época em que representada o Ministério da Fazenda nas discussões sobre saúde, foi convidada para assumir uma diretoria quando a Agência Nacional de Saúde (ANS) foi criada, no ano 2000.
“Ocupei a diretoria de normas e habilitação das operadoras, onde eu levei o arcabouço regulatório da saúde suplementar, que foi todo inspirado nas normas de seguros da Susep”, especifica. Sendo uma das mulheres mais atuantes no setor de saúde suplementar, ela diz: “atribuo a minha boa atuação no mercado ao fato de ter passado pelo governo”.
Ela explica os motivos: “esse componente público é importante para poder realizar, objetivando sempre agregar valor à população, por isso, o meu bom contato com os órgãos de defesa do consumidor, os consumeristas, pois quando se discute temas como plano de saúde, o viés tem que ser sempre o de atender bem e o valor que agrega para os beneficiários e segurados”.
Hoje à frente da FenaSaúde, a executiva faz um balanço sobre os desafios ao longo de sua carreira. “O mesmo que o da maioria das mulheres brasileiras: conciliar família e trabalho. Eu tenho três filhos e me considero uma mãe que foi bastante presente”, comenta.
E sobre carreira, ela orienta que é preciso ter foco, fazer bem feito, ter metas e objetivos do trabalho que se quer realizar. “Ao longo da minha carreira eu sempre procurei trabalhar com afinco, aperfeiçoando-me e ‘arregaçando as mangas’. É importante você se sentir importante pelos resultados, e as mulheres devem se sentir capazes de realizarem tudo o que desejarem”, afirma.
Sobre a participação feminina no setor de seguros, ela comenta que as mulheres estão cada vez mais presentes. “E atribuo isso exatamente ao perfil do nosso negócio, principalmente na área de saúde que você lida com incertezas, proteção, busca da segurança; componentes muito presentes no raciocínio e nos valores feminino. E mais do que isso, hoje os consumidores têm um papel importante nas relações, e para ter uma comunicação com eles, as mulheres têm uma habilidade natural para esse diálogo”, finaliza.
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