“A decisão do BC veio em linha com o que estávamos esperando, ou seja, pela manutenção da taxa Selic em 2% e de grande parte da comunicação adotada no comunicado anterior. Manteve tanto a percepção de um ambiente externo mais favorável para emergentes como as incertezas que cercam este cenário. Reforçou o caráter temporário do aumento dos preços dos alimentos. A despeito dos enormes ruídos sobre a arrumação fiscal, o BC manteve o entendimento de que não houve alteração do regime fiscal e, portanto, seguiu com o Forward Guidance e com a opcionalidade de corte residual. A novidade foi a explicitação mais direta dos efeitos da depreciação cambial e dos preços das commodities sobre a inflação no curto prazo. Além disso, também passou a considerar que os núcleos se encontram em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária. Portanto, manteve o entendimento de que o quadro fiscal continua sendo o fator determinante para a trajetória futura dos juros” – Júlio Cesar Barros, economista da MAG Investimentos
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