Das 700 mil vítimas de covid-19, apenas 10% tiveram o amparo do seguro

Superintendente da Susep, Alexandre Camillo, falou sobre a performance dos ramos e chamou a atenção do mercado para refletir sobre o acesso ao seguro em almoço do CVG-SP, que contou com a presença do presidente e do presidente do Conselho da Aconseg-SP

Da esq. p/ dir.: Helio Opipari Junior, presidente da Aconseg-SP; Alexandre Camillo, superintendente da Susep; Marcos Colantonio, presidente do Conselho da Aconseg-SP; Marcos Kobayashi, presidente do CVG-SP, e Rodrigo Bertacini, da Humana Seguros

“Quando temos um dado de que apenas das 700 mil vítimas de covid, apenas 10% teve direito a indenização, temos que revisitar os nossos hábitos para entender porque 90% não tiveram acesso ao amparo do seguro. A grande questão é o acesso ao produto seguros. Essa constatação da covid já nos dá uma noção do caminho que precisamos percorrer”, destacou o superintendente da Susep, Alexandre Camillo, durante almoço realizado ontem, 22 de junho, pelo CVG-SP.

Camillo também apontou que, se o microsseguro tivesse sendo praticado mais plenamente, sem dúvida, ele poderia fazer com que o volume de 90% de pessoas sem cobertura de seguro fosse diminuído. “O microsseguro pode e deve cumprir enormemente um fim social”.

Durante o almoço, ele mostrou números que retratam o momento do mercado. “Eles demonstram claramente e de maneira inequívoca que o nosso mercado continua com a sua pujança e o seu vigor”.

Em abril o faturamento foi de R$ 26 bilhões, crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2021. O seguro de automóvel, que estava com o fim decretado, trouxe um crescimento de 26% no quadrimestre de 2022 em comparação com o período de 2021. No Vida, o crescimento foi de 17% em 2021, em relação a 2020; e repetiu a performance  no quadrimestre de 2022. Outro ramo citado foi o Cyber, que cresceu 66% em relação ao primeiro quadrimestre de 2021.

O superintendente da Susep ainda falou sobre o open insurance e o sandbox, que também representa um novo momento e permite mudanças para a chegada de novas propostas e novos conceitos de atendimento ao consumidor. Hoje já são 31 empresas classificadas para atuar.

“Tudo o que não podemos fazer e nos dar o luxo é transformar o consumidor em cobaia. Isso jamais poderemos fazer. Temos que ter a serenidade e entendimento da nossa responsabilidade em preservar o consumidor”, comentou o Camillo, que tem o objetivo de deixar como legado uma autarquia preparada para atender ao setor e a sociedade. “E uma Susep que, de fato,  possa permitir um ambiente estável, seguro e confiável para que possamos evoluir com os nossos negócios e assim fomentar o pleno desenvolvimento do nosso setor, que tem muita lenha para queimar”.

Helio Opipari Junior e Marcos Colantonio, respectivamente presidente e presidente do Conselho da Aconseg-SP, participaram do almoço que também homenageou Rodrigo Bertacini, da Humana Seguros. “O clamor de Alexandre Camillo tem fundamento. Nós como atuantes na cadeia de proteção do mercado de seguro precisamos contribuir com formas de ajudar o corretor a ampliar o alcance do seguro na população brasileira. No campo do Vida, a Aconseg-SP mantém uma campanha ‘Campanha Diga Sim para o Seguro de Vida’, com o objetivo de avançarmos neste ramo”, comentou Opipari Junior.

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