Momento ainda é de oportunidade para o mercado segurador, diz Edson Franco

Presidente da Fenaprevi participou de webinar promovido pelo Sindseg BA/SE/TO e CSP-BA nesta terça (24/05), e apresentou dados inéditos de pesquisa encomendada ao DataFolha pela entidade

A maior crise sanitária da história moderna fez com que as pessoas passassem a se preocupar mais consigo, com a família e o patrimônio, favorecendo assim o desenvolvimento do mercado segurador. Entretanto, ainda há um grande desafio que é disseminar as culturas securitárias e previdenciária de forma didática e prática junto aos brasileiros, ao mesmo tempo implementando uma assessoria de riscos efetiva, adequada às necessidades e perfis de cada cliente.

É o que defendeu o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi, Edson Franco, na manhã desta terça-feira (24/05) durante o webinar “Conhecimentos e Necessidades do Consumidor sobre Seguros de Pessoas”, promovido pelo Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros – Sindseg BA/SE/TO, em parceria com Clube de Seguros de Pessoas e Benefícios – CSP-BA.

“Nós, seguradores, corretores e canais de distribuição temos a responsabilidade de trabalhar de modo mais abrangente. Existe uma grande oportunidade atualmente no mercado, não só de conquistar clientes e vender produtos, mas de prestar um papel social relevante e fundamental que é o de aumentar o nível de consciência das pessoas sobre a importância de se proteger a renda das famílias”, mensagem que destacou Franco em sua exposição aos participantes.

O evento foi conduzido por Franclin Castro e Cristiano Tavares, diretor do Sindseg e presidente do CSP respectivamente, com transmissão simultânea via plataforma Zoom e pelo canal da Fenaprevi no Youtube. O objetivo foi apresentar dados inéditos obtidos por meio de uma pesquisa encomendada pela Federação ao Instituto Datafolha que buscou avaliar a percepção dos brasileiros sobre os impactos da Covid-19 na sua vida e as percepções sobre proteção, planejamento e seguros.

Mercado ainda pouco conhecido

Edson Franco apresentou um recorte do estudo cujo objetivo foi demonstrar o que o público sabe acerca dos produtos e serviços oferecidos pelo mercado. Na leitura dos dados explicou que está evidente o aumento da percepção e da aversão aos riscos entre os entrevistados, embora ainda que haja pouca iniciativa para preveni-los, por parte da população, quando o assunto é a proteção da renda.

Segundo o executivo, dentre os principais medos declarados, diante de uma situação similar à da pandemia de Covid no futuro, está deixar a família sem condições de se manter em caso de falecimento ou doença (25%); não ter como pagar um tratamento médico (19%) e não conseguir se sustentar por um problema de saúde (14%).

Continuando a explanação, fazendo uma comparação entre temores/ esforços efetivos para prevenção, ele informou que 69% das pessoas disseram ter medo de ficar sem acesso a cuidados médicos, entretanto apenas 25% realizaram alguma ação prática para evitar essa situação; 67% temem a morte de um familiar, embora só 17% tenham tomado alguma atitude preventiva; outros 62% afirmaram ter medo de ficar sem dinheiro para o sustento, contra 19% que disseram ter tomado alguma ação; outros 58% têm medo de ter alguma doença grave, mas só 31% se preveniram de alguma maneira.

Quanto à propensão em aderir às modalidades de proteção, outros números da pesquisa mostram que 87% dos entrevistados têm interesse em formar/ter uma renda de aposentadoria, e 59% contratariam um produto com esta finalidade. Para o caso de uma provável “invalidez”, 89% se interessam por se proteger desta fatalidade, mas apenas 68% demonstraram aderir a uma iniciativa de prevenção.

Novo olhar para os corretores

Para Franco é fato que, quando provocadas, as pessoas demonstram interesse em medidas de proteção, embora provavelmente a maioria não tenha ideia da diversidade de produtos e serviços que existem à disposição, nem mesmo os preços/ custos deles, para fazer frente aos seus medos, preocupações ou riscos. “A pesquisa nos leva a um diagnóstico de que há um entendimento muito limitado sobre o que é seguro de pessoas ainda”, comentou.

Ele reforçou a importância da divulgação, da popularização desse tipo de seguro e , também , dos corretores entenderem as oportunidades que podem surgir da diversificação de seu portfólio de clientes, de produtos, e de trabalhar para fidelizá-los e criar, assim, um relacionamento de longo prazo com eles.

“Estamos diante de um momento importante de mudança de estrutura de pensamento das pessoas, de quebra de paradigma. E temos que aproveitá-lo para melhorar o nosso processo de formação da sociedade em relação às culturas de proteção da renda familiar e de aperfeiçoar a divulgação dos nossos produtos e serviços”, concluiu.

Assista o webinar na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=SNU7wSB7NMQ

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