Assim Saúde registra aumento no atendimento de casos de ansiedade e depressão

Assim Saúde registra aumento no atendimento de casos de ansiedade e depressão

Especialista alerta para a importância da adoção de medidas simples de prevenção aos transtornos emocionais, em tempos de pandemia da Covid-19.

O Programa de Medicina Preventiva do Grupo Assim Saúde (Special Life)  registrou um grande aumento no atendimento na área de Saúde Mental no primeiro trimestre de 2021. A demanda para atendimento a casos de depressão cresceu 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Já para os quadros de ansiedade, a procura foi ainda maior: 43%. A situação chama a atenção dos especialistas do programa, especialmente por se tratar de transtornos que podem ser evitados a partir da adoção de medidas simples de comportamento e autocuidado.

“No Programa de Saúde Mental, realizamos em média 10 mil atendimentos ao ano, seguindo a lógica da medicina preventiva de promover saúde para evitar problemas futuros. Para isso, o primeiro passo é estabelecer uma rotina diária para que o corpo mantenha um ritmo de funcionamento. Definir horários para acordar, dormir, fazer as refeições e praticar exercícios, mesmo para os que estão em home office, já representa grande ganho em qualidade de vida e bem-estar, e pode ajudar a prevenir o desencadeamento de transtornos, como a depressão e a ansiedade”, ressalta o psiquiatra do programa, Sawllus Coelho.

Outras dicas de prevenção são: beber água com frequência, optar por alimentos mais saudáveis, evitar a privação de sono e os pensamentos negativos, e ter o hábito de realizar atividades físicas. “Caminhadas de cerca de 40 minutos, por pelo menos três vezes na semana, são capazes de liberar hormônios como a dopamina e a endorfina, fundamentais para combater a depressão, a ansiedade e outras doenças para além dos transtornos mentais”, acrescenta Coelho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já ocupava a posição de país mais ansioso do mundo e o quinto em casos de depressão, atingindo cerca de 18 milhões de pessoas com os casos de ansiedade e 12 milhões para os de depressão. “A ansiedade decorre da capacidade natural humana de se projetar no futuro e de traçar excessivamente planos e metas, tentando prever todas as variáveis possíveis. E a depressão, embora ocasionada por múltiplos fatores, pode ser desencadeada pelo acúmulo de frustrações, por vezes, decorrentes do próprio planejamento exagerado e da baixa autoestima, ou seja, advindas do transtorno de ansiedade já existente”, esclarece o médico.

Dentre os principais sintomas relatados pelos pacientes, o psiquiatra menciona as alterações no sono, com quadros que oscilam entre insônia no período noturno e sonolência ao longo do dia, distúrbios alimentares, tristeza sem fim, além da constante sensação de insegurança e medo de contaminação pelo Coronavírus.

“Estamos há mais de 1 ano convivendo com uma série de desafios de ordem comportamental e psicológica, em condição de distanciamento social, ruptura da rotina e cercados pelo adoecimento e perda de familiares e conhecidos. Os sentimentos de perda de energia, apreensão e alerta contínuo são legítimos e muito comuns nesse período, desde que essas sensações de incômodo não interfiram negativamente nas atividades rotineiras. Quando os sintomas se tornam potentes, chega a hora de buscar ajuda médica”, alerta o psiquiatra, que reforça que os medicamentos sempre devem ser combinados à psicoterapia adequada para cada tipo de transtorno e sintomas, diagnóstico que somente pode ser identificado com acompanhamento de um especialista.

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