Presidente da UNIDAS defende que é preciso entender de que forma a revolução digital pode fazer a diferença no setor

Anderson Mendes participou da Medical Fair Brasil e falou sobre transformação digital

O presidente da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Anderson Mendes, participou da Medical Fair Brasil, no Expo Center Norte, em São Paulo, capital, quando abordou o tema “A tecnologia no processo de entrega de Valor em Saúde”. Ele iniciou sua apresentação dizendo que muitos temas caros para a saúde foram utilizados de maneira maciça, mas com pouco cuidado. “Precisamos entender de que forma a revolução digital faz a diferença e em quais áreas está consolidada”, ressalta o presidente da entidade. Mendes mediou o painel, que contou com a participação do médico, CEO e fundador da HIHUB.TECH Health Innova HUB, Fernando Cembranelli; e do médico, diretor de Tecnologia da Informação da APM (Associação Paulista de Medicina) e presidente da Comissão Organizadora do Global Summit of Telemedicine & Digital Health, Antonio Carlos Endrigo.

Durante o debate, Cembranelli apresentou números relacionados aos investimentos massivos em healthtechs. Segundo ele, em 2021, foram batidos todos os recordes de investimento em empresas de startups de saúde no mercado norte-americano. “Foram investidos US$ 29,1 bilhões, mais que o dobro do valor do ano anterior, que havia sido de US$ 14 bilhões. Globalmente, estamos falando de US$ 44 bilhões, somente no ano passado. Estamos vivendo todos os dias os efeitos da transformação exponencial na área da saúde, e muitos players tradicionais que continuarem somente no analógico perderão a postura de liderança. É por isso que há muitos novos líderes surgindo”, disse.

O CEO da Health Innova Hub também destacou que a primeira área de investimento dos norte-americanos é a de saúde mental (US$ 5 bilhões). “Inovação é feita por pessoas e trocar ideias com frequência é absolutamente fundamental. Temos uma dificuldade muito grande de fazer incorporação de novas tecnologias. Mudanças na área da saúde são difíceis, mas a pandemia alterou isso”, explica o executivo.

Telemedicina e velocidade da transformação digital

Na sequência, Endrigo focou sua apresentação em telemedicina e na velocidade da transformação em saúde digital nos últimos dois anos. Ele traçou um paralelo entre a logística para a marcação de consulta, a compra de medicamentos e a realização de exames, antes da pandemia, e o atual ecossistema, o qual se digitalizou em uma velocidade inimaginável, embarcado pela telemedicina.

O diretor de Tecnologia da Informação da APM afirmou ainda que os médicos, assim como pacientes, farmácias e o próprio Governo, adaptaram-se rapidamente às prescrições digitais, com certificado digital – gratuito e de boa qualidade.

Ao falar sobre consultas on-line, Carlos Endrigo ressaltou que a telemedicina veio para aproximar o paciente que não teria acesso a determinados tipos de atendimento. Ainda assim, é preciso lembrar que ela é complementar à consulta presencial e deve ser utilizada, na maioria das vezes, para monitoramento. “A telemedicina ‘afasta’ o médico do paciente, mas o aproxima dos serviços, principalmente aqueles que dificilmente teriam acesso a consultas ou especialistas”, finaliza o presidente da Comissão Organizadora do Global Summit of Telemedicine & Digital Health.

Durante o debate, os participantes também falaram sobre cibersegurança (ataques em cyber saúde, que aumentaram 64% somente no ano passado), como fazer a telemedicina ser efetiva, a nova relação médico-paciente, o marco legal e a Inteligência Artificial (AI) no processo de inovação em saúde.

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