Susto na hora de comprar os medicamentos? Confira algumas dicas que podem ajudar a economizar

Com reajuste de 10,89% anunciado recentemente, contratar um plano de medicamentos é uma alternativa, que permite a retirada de remédios até de graça

Não é de hoje que a inflação vem impactando a vida e reduzindo o poder de compra dos brasileiros. No último mês, no entanto, o preço dos remédios sofreu reajuste de 10,89%, considerado o maior nos últimos cinco anos.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os gastos mensais com medicamento comprometem cerca de 30% da renda familiar. Com a incerteza econômica, impactada pela pandemia e o desemprego, a população — principalmente indivíduos de baixa renda ou que dependem de uso contínuo de medicamentos -, muitas vezes, precisa retirar dinheiro de outras necessidades para manter tratamentos médicos ou podem acabar abandonando-os, como acontece em muitas situações.

“Como o poder de compra das famílias está cada vez menor por conta da inflação, para não deixar os cuidados com a saúde em segundo plano, é importante fazer pesquisas de preços e buscar alternativas para manter os tratamentos em dia”, explica Leopoldo Veras, diretor Associado de Negócios e Alianças da epharma e Membro do Comitê Técnico da ASAP – Aliança para Saúde Populacional.

Para driblar os efeitos do reajuste, muitos brasileiros realizam pesquisas em farmácias. Na hora de fazer mercado, é comum as pessoas visitarem diferentes lojas em busca de preços mais atrativos; o mesmo acontece com medicamentos, já que o preço de cada remédio pode variar entre as farmácias. Por isso, a dica é fazer uma breve pesquisa em, pelo menos, três farmácias diferentes antes de realizar a compra” explica Veras. Nos últimos anos esta pesquisa ficou mais simples com o crescimento do ecommerce, simplificando a jornada dos pacientes, que consegue comprar online remédios nos sites das redes de farmácias ou por meio de aplicativos.

Empresas de todos os portes também passaram a pagar remédios para seus funcionários, contratando uma Operadora de Planos de Medicamento, em um modelo muito parecido com planos de saúde e planos de odontologia, onde é cobrada uma mensalidade fixa para todos os colaboradores da empresa e o medicamento sai até de graça nas farmácias. Infelizmente esta prática ainda é pouco difundida no brasil e boa parte da população não possui emprego formal.

“Como o poder de compra das famílias está cada vez menor por conta da inflação, para não deixar os cuidados com a saúde em segundo plano, empresas passaram a contratar planos de medicamentos para protegerem seus colaboradores, principalmente empresas que não possuem planos de saúde contratados, pois seus colaboradores dependem exclusivamente do SUS”, explica Veras.

Outra medida é pesquisar o programa de subsídio do governo, que a partir de 2004 beneficiou 43 milhões de brasileiros em uma rede de 35 mil farmácias, chegando a 4.500 municípios em 2015. Hoje a rede credenciada do governo caiu muito e a lista coberta não tem a amplitude necessária para atender as necessidades da população. É preciso fortalecer o programa do governo.

Existem também os programas da Indústria Farmacêutica, que são condições especiais que o fabricante concede por meio de programas de relacionamento. Esses descontos são concedidos mediante um cadastro realizado pelo próprio balconista da farmácia na presença e com o consentimento do consumidor.

As principais redes de farmácias também possuem seus programas de fidelidade, que concede descontos comerciais para quem se cadastra na farmácia. Nestes casos, como não há subsídio do contratante nem da indústria, o patamar de desconto percebido pelo consumidor final é menor.

Uma última medida é procurar planos de saúde que cobrem medicamentos de farmácia. São poucos ainda no Brasil porque essa não é uma cobertura obrigatória. Mas já vemos avanços significativos, onde algumas operadoras investem no medicamento para redução de outros gastos como internações.

Infelizmente, só 25% da população brasileira tem acesso a planos de saúde e dependem exclusivamente do SUS, com uma lista de medicamento que muitas vezes não consegue desonerar o orçamento familiar, colocando milhões de brasileiros em risco de vida.

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