57% dos incidentes cibernéticos nas empresas são causados por falhas técnicas ou erro humano

Eventos externos como ataques “DDoS” resultam em perdas mais caras, embora menos frequentes do que falhas de sistemas e de funcionários

Gustavo Galrão

Os erros humanos e falhas técnicas são os principais impulsionadores para incidentes cibernéticos dentro das empresas no mundo, segundo o relatório Global Risk Dialogue divulgado recentemente pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS). A análise levou em consideração 1.879 sinistros de várias seguradoras relatados de 2015 até o final de 2020 em diversos países, incluindo o Brasil.

O levantamento mostra que houve um aumento notável em reivindicações cibernéticas nos últimos anos. Quando medimos as perdas por números de reclamações, 57% são causadas por falhas técnicas e de TI ou incidentes por erro humano, 40% por manipulação externa de sistemas e 3% ação interna maliciosa, por exemplo, ação realizada por um funcionário desonesto.

Quando levamos em consideração o impacto financeiro, 85% dos incidentes são causados por manipulação externa de sistemas, por exemplo, ataque direto da Internet ou conteúdo malicioso, como ransomware/malware; 9% por ação interna maliciosa e 6% por causa interna acidental.

 “Com o trabalho em casa, agora generalizado por causa da pandemia, a segurança em torno do acesso e autenticação se tornou um ponto crítico. Um treinamento de funcionários bem realizado pode reduzir significativamente as consequências de um evento cyber, especialmente na identificação de phishing e esquemas maliciosos em e-mails comerciais”, explica Gustavo Galrão, Diretor Regional de Linhas Financeiras AGCS Ibero/Latam. O executivo complementa ainda que ter um bom plano de continuidade de negócios, que contemple coberturas para um incidente cibernético, são fundamentais para minimizar o impacto financeiro.

Seja por resultado de um ciberataque externo, erro humano ou uma falha técnica, a interrupção de negócios é o principal fator de custo por trás das reivindicações cibernéticas, o que representa cerca de 60% do valor de todos os sinistros analisados. Em segundo lugar estão os custos associados com os casos de violação de dados.

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