Entender a regulamentação de seguros nos EUA é desafio para latinos

Regras diferentes em cada estado, análise mais complexa do perfil do segurado, taxas específicas; Imigrantes precisam ter cautela ao contratar seguradoras

Por: Tiago Prado, CEO da BRZ Insurance

Muitos brasileiros estão escolhendo os Estados Unidos como destino de mudança; os motivos são variados, mas em geral busca-se por mais qualidade de vida e oportunidades profissionais mais interessantes. Fato: em 2022, a quantidade de pessoas do Brasil que foram morar nos Estados Unidos aumentou treze vezes. À medida que tantos brasileiros e pessoas de países de toda a América Latina em geral se aclimatam à nova cultura, também enfrentam a dificuldade de compreender as regras do mercado de seguros nos EUA. É essencial estar ciente de toda a regulamentação e implicações antes de assinar qualquer contrato com uma seguradora por lá.

O primeiro desafio para os imigrantes latinos é entender que nos Estados Unidos os seguros mais importantes não são opcionais, mas sim obrigatórios e se familiarizar com o sistema em si, bem diferente do brasileiro e um dos mais complexos e competitivos do mundo. Para início de conversa, a regulamentação varia de estado para estado, e não há uma unificação das leis que seja válida para o país como um todo.

A maioria dos seguros oferecidos nos EUA se enquadra na categoria de “seguros financeiros” ou “seguros de incidentes”, o que significa que eles são projetados para cobrir qualquer perda financeira ou dano físico ou material causado por algum tipo de incidente.

Outra barreira para os imigrantes é entender como a cobertura de seguro efetivamente funciona nos EUA. Diferentemente do Brasil, nos EUA a cobertura de seguro varia de seguradora para seguradora; cada uma tem seus próprios conjuntos de regras e condições. Por exemplo, algumas companhias exigem que você pague uma franquia antes que eles possam cobrir qualquer perda. Outras podem oferecer cobertura limitada para determinadas atividades ou períodos, como viagens de lazer ou durante a obra em um imóvel.

Além disso, os imigrantes também precisam entender as taxas aplicadas. Nos EUA, elas são baseadas em fatores como a história de utilização dos seguros pelo segurado, o seu estilo de vida, o local em que mora, entre outros. Estes fatores são usados para determinar o montante da taxa a ser pago. Compreender como esses fatores interagem para determinar o preço está longe de ser uma tarefa simples. Por isso, os imigrantes brasileiros precisam pesquisar cuidadosamente diferentes produtos para escolher aquele que melhor atenderá às suas necessidades específicas.

Por fim, os imigrantes latinos e brasileiros também precisam entender como os processos de sinistro funcionam nos EUA, pois é preciso seguir o procedimento correto para não ter o reembolso recusado. Isso inclui fornecer toda a documentação relevante, detalhes do incidente e qualquer outra documentação requisitada para que a seguradora avalie a reivindicação corretamente.

É evidente que a compreensão das regras do mercado de seguro nos EUA é um desafio para os imigrantes brasileiros. No entanto, com a informação certa e o acompanhamento adequado, eles podem garantir que suas necessidades sejam atendidas de forma eficiente e adequada. Uma saída pode ser justamente procurar por uma corretora de seguros que tenha funcionários brasileiros e latinos, com o entendimento necessário para ‘traduzir’ e explicar todas essas diferenças; com a consolidação do trabalho remoto, é possível até ser atendido por uma equipe alocada aqui no Brasil mesmo estando em Massachussets, New Hampshire, Vermont, Rhode Island, Connecticut ou New Jersey.

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