54% dos brasileiros que têm seguro de auto não possuem algum tipo de seguro pessoal

Pesquisa Datafolha encomendada pela FenaPrevi revela maior preocupação do brasileiro com planejamento financeiro, abertura para contratação de seguro e evidencia o papel do corretor na difusão dos seguros de vida e previdência

Seguros e previdência são lembrados quando se pensa na falta de condição de fazer um enterro adequado para algum familiar e não ter como pagar um tratamento médico, como internação, medicamentos e exames. Essa é a percepção de 18% dos brasileiros entrevistados pela Pesquisa Datafolha encomendada pela FenaPrevi denominada “Percepções dos brasileiros sobre a necessidade de proteção e planejamento: o papel dos seguros e da previdência”.

O pensamento sobre a proteção securitária está atrelado ao medo. O desenvolvimento das proteções passam pela formação de educação financeira e a cultura do seguro.

Da esq. p/ dir.: Armando Vergilio (Fenacor). Edson Franco (FenaPrevi) e Dyogo Oliveira (CNseg)

Segundo a pesquisa deste ano, subiu para 28% o número de brasileiros que se preocupam em guardar dinheiro no pós-pandemia, sendo que na pesquisa anterior o percentual era de 23%.

Dos entrevistados, 26% possuem seguro funeral (proteção para morte), 18% seguro de vida, 11% seguro invalidez e 9% possuem algum plano de previdência.

Planejamento e proteção

Cerca de 23% da população não tem nenhuma meta de planejamento financeiro e atribuem isso à dificuldade financeira como falta de renda.

Ao mesmo tempo em que não pensam no futuro, a pesquisa aponta que 56% das pessoas idealizam parar de trabalhar até os 60 anos, mas apenas 30% acham que vão conseguir. “A falta de informação associada à falta de cultura do pensamento de longo prazo realmente é preocupante. Temos uma grande responsabilidade de tratar esse tema”, observou Edson Franco, presidente da FenaPrevi.

Segundo Franco, a pesquisa constata que quando o entrevistador explicava o produto, o nível de interesse em contratar a proteção era muito alto. “Na medida que despertarmos o interesse das pessoas temos uma oportunidade de cobrir o gap do nosso país em relação aos nossos produtos“.

“Claramente há um espaço enorme para atuarmos, que é a educação e informação sobre seguro. A pesquisa revela isso com muita clareza”, comentou Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

Missão para o corretor

Segundo Paulo Alves, gerente de Pesquisa e Mercado do Instituto Datafolha, entre os entrevistados, 12% disseram ter veículo com seguro, destes, 54% informaram não ter algum tipo de seguro pessoal.

“Oito em cada dez brasileiros pensam em planejar suas finanças, mas apontam como desafios e obstáculos para se planejar financeiramente: realizar despesas de forma a sobrar dinheiro, gerar renda durante o ano e despesas não previstas”.

Ciente de que a distribuição e disseminação dos seguros de pessoas e dos planos de previdência está nas mãos dos corretores, a FenaPrevi convidou lideranças dos corretores para participar do debate.

Paulo Alves, gerente de Pesquisa e Mercado do Instituto Datafolha, apresentou o resultado do estudo

São 73 mil corretores de seguros e mais de 60 mil empresas, uma força de vendas que não pode ser deixada de lado. “Não apostar no corretor de seguros é um erro estratégico. Temos que aproximar essa força de vendas dos segmentos de vida e previdência, aproximar a Fenacor e seu ecossistema integrado por 24 sindicatos, da CNseg e da FenaPrevi para entendermos o que é necessário fazer para despertar no corretor o interesse”, destacou Armando Vergilio, presidente da Fenacor.

Como reflexo da pandemia causada pela covid-19, a pesquisa ainda aponta que a renda diminuiu para 41%; a saúde mental (preocupações, medos e crises de ansiedade) impacta  32% e a saúde física, 17%.

O presidente da CNseg ainda ressaltou que a pesquisa realizada pela FenaPrevi traz à luz fatos e hipóteses já conhecidos e defendidos pelo setor. “Ter números para mostrar ajuda muito nas nossas discussões. A repetição vai criar um histórico e poderemos fazer a evolução ao longo do tempo, que também será uma maneira de avaliar as nossas próprias ações”.

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