Cobertura de alagamento deve ganhar mais importância após evento no RS

CNseg divulga que as seguradoras já contabilizaram 23.441 avisos de sinistros que totalizam mais de R$ 1,6 bilhão em indenizações. Volume deve crescer nos próximos dias. “É o maior evento climático que tivemos na história recente, em termos de impacto na sociedade e na indústria do seguro”, disse Dyogo Oliveira

O cenário de devastação que as enchentes deixaram (e estão deixando) no Rio Grande do Sul traz alertas para a população da região, mas também a todo o Brasil devido à ocorrência de eventos climáticos.

Afinal, a cobertura para alagamento normalmente não é contratada por não ser considerada uma região sujeita a alagamentos. “O  problema com essa enchente é que ela afetou lugares que nunca tinham sido afetados antes, uma grande cidade e uma região metropolitana. Fica o alerta de que as pessoas se atentem para o risco de alagamento e contratem a cobertura”, chamou a atenção Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), durante coletiva na manhã de hoje, 24 de maio.

Oliveira divulgou o montante até agora de indenizações a serem pagas pelo mercado segurador, que já soma mais de R$ 1,6 bilhão.  “São valores provisionados pelas seguradoras, mantidos em reservas técnicas. As seguradoras têm recursos para enfrentar a situação”, garantiu.

Até o dia 23 de maio, as seguradoras contabilizam o aviso de 23.441 sinistros, sendo 11.396 oriundos do Residencial e do Habitacional, seguido por 8.216 do Automóvel, 993 Agrícola, 386 de Grandes Riscos (Riscos Nomeados e Operacionais) e 2.450 avisos estão relacionados a outros ramos. O maior vulto das indenizações está relacionado ao seguro Auto e de Grandes Riscos.

“É um valor considerável, R$ 1,6 bilhão, que já será pago. Sabemos que esse número crescerá nas próximas semanas. Os grandes riscos são os mais difíceis de avaliar. Nesse momento, uma parte grande dos segurados sequer entraram com os pedidos de indenização. Isso é a natural porque as pessoas ainda estão cuidando de questões prementes como a sobrevivência”.

“É o maior evento climático que tivemos na história recente, em termos de impacto na sociedade. Certamente a catástrofe do Rio Grande do Sul será a maior indenização do setor segurador no Brasil decorrente de um único evento. Não esperamos que ele ocorra nessa magnitude com grande frequência. Embora saibamos que eventos climáticos serão cada vez mais frequentes e severos”, disse ao lembrar que o Estado do Rio Grande do Sul se tornou uma região suscetível a eventos climáticos.

Atendimento à população

“Lamentamos tudo o que tem acontecido. O setor segurador tem tomado medidas bastante efetivas e mostrado comprometimento grande com a população do estado do Rio Grande do Sul e seus bens. Isso inclusive de pessoas que não são clientes”, afirmou o presidente da CNseg.

Ele ainda ressaltou que as companhias reforçaram as equipes de assistência de Auto e Residencial. “Os procedimentos são ágeis e as equipes de regulação foram reforçadas, montando grupos específicos. As seguradoras também agilizaram o pagamento dos sinistros. Em média sai em até 48 horas, muitas vezes de forma simplificada”.

De forma coletiva, as companhias adotaram o pedido de prorrogação de vencimentos de apólices, recomendado pela CNseg e a Fenacor.

Individualmente, muitas companhias têm tomado medidas de auxílio à população afetada pelas enchentes, sendo segurados ou não, em parceria com organizações não-governamentais. “As seguradoras estão buscando interagir com os segurados das melhores formas”, pontua.

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