Seguro automóvel segue com valor impactado pela tabela FIPE

Durante almoço do CCS-SP, presidente do Grupo Porto fala do PL 29, que foi desarquivado recentemente, do PL do Blocão, que impacta o setor de saúde, e do cenário do seguro Auto

A Porto tem conseguido ampliar o número de negócios por cliente. Segundo Roberto Santos, CEO do Grupo Porto, a companhia atingiu o volume de 13 milhões de clientes com 19 milhões de negócios. “Em 2017, quando eu assumi, nós tínhamos 1,3 negócios por clientes e hoje estamos com 1,55 negócios por clientes e temos a meta de atingir, no final do ano, 1,65”.

Santos foi o convidado do tradicional almoço realizado pelo Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) realizado em 4 de junho e falou sobre o cenário do seguro auto, que continua como o principal negócio da companhia, que detém 30% de market share, além de Consórcio e dos seguros Saúde e Vida.

“No seguro Automóvel, passamos um ano de 2021 muito difícil, em função da sinistralidade elevada, com a disparada repentina da tabela FIPE; 2022 também seguiu com impacto forte”.

Segundo ele, o seguro Automóvel segue com valor elevado, mas não porque as seguradoras queiram encarecer a proteção. Afinal, quanto mais caro o valor do seguro, menor será a quantidade de pessoas com seguro.

Em 2023, a tabela FIPE segue impactada, mesmo com o movimento do governo de fornecer descontos para carros com valores menores, o que causa um reflexo nos seminovos. No entanto, o movimento ainda é insuficiente em termos de captação da tabela FIPE. “No segundo trimestre vemos uma redução de aproximadamente 3% da tabela, por isso os preços continuam elevados”, explicou.

Em 2024, após sete anos, Santos deixará a presidência e assumirá uma cadeira no conselho da Porto, mas seguirá como presidente do Conselho Diretor da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

Luiz Arruda (Porto), Boris Ber (Sincor-SP), Alvaro Fonseca (CCS-SP), Roberto Santos (Porto) e Emerson Valentim (Porto)

PL do Blocão

Santos destacou a preocupação com o projeto de lei apelido de blocão, pela FenaSaúde e Abramge.

“O projeto prevê, dentre outras coisas, regulação na precificação de apólices coletivas, assim como existe no individual, além de algumas questões que envolvem a impossibilidade de não-renovação ou cancelamento de apólice e também questões envolvendo o reembolso”, destacou Santos.

PL 29

O PL Complementar 29/2017, que dispõe sobre normas de seguro privado, foi desarquivado recentemente. “O mercado de seguros não precisa de um novo marco legal. Tem alguns pontos que merecem cuidados. Temos questões preocupantes em grandes riscos e massificados”.

Um exemplo é a necessidade de registro formal a ser aprovado pela Susep antes da comercialização. “O mercado avançou muito com a internet. Hoje a seguradora cria um produto novo, avisa a Susep e começa a comercializar. No meio do caminho, a Susep interage com a seguradora e faz o ajuste se achar necessário e a seguradora adota”, comentou sobre o que seria um retrocesso.

Open insurance é realmente necessário?

“O open insurance (Opin) é um control-c e um control-v do open banking. Na minha opinião, o open banking era necessário, o open insurance, não, porque o mercado de seguros já é aberto”, comentou Roberto Santos.

As relações entre as áreas financeiras é completamente diferente. “Na relação do correntista com o banco, não existe a figura do consultor no meio do processo, que é o corretor, não existe vigência de contrato”.

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