Entre 2019 e 2024, 52% das empresas do Reino Unido sofreram pelo menos um ciberataque com consequências financeiras negativas. Medidas corretas e eficazes para segurança aumentam retorno positivo em redução de custos
Em um cenário global marcado pela turbulência geopolítica, avanço tecnológico acelerado e crescimento econômico, as empresas no mundo todo estão enfrentando riscos cada vez maiores, de ciberataques. Recentemente, a Howden, corretora especializada em seguros de alta complexidade, em parceria com a YouGov, preparou o relatório “The UK Cyber Security Gap” a partir de pesquisa com cerca de 900 tomadores de decisão de TI seniores, representando empresas do setor privado do Reino Unido, para avaliar a situação atual da segurança cibernética no país. O material revela que, embora a ameaça de ciberataques seja crescente, muitas companhias ainda necessitam de medidas básicas de segurança, o que as expõe a riscos financeiros significativos.
De acordo com o relatório, entre 2019 e 2024, 52% das empresas do Reino Unido sofreram pelo menos um ciberataque com consequências financeiras negativas. O custo total desses ataques para a economia foi de aproximadamente £44 bilhões, considerando apenas os ataques mais caros para cada empresa afetada. As causas mais comuns dos ciberataques foram o comprometimento de e-mails (20%) e roubo de dados (18%). O impacto desses incidentes variou entre £2 milhões e £2,1 milhões, em média, por ataque. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) estima que a falta de resposta a violações de dados pode custar ao Brasil 18% do PIB, o que equivale a cerca de R$ 2,3 trilhões, e os incidentes de ransomware e phishing são os mais comuns.
“Cybersegurança requer a união de vários fatores, a combinação de ferramentas de IA generativa, uma grande participação do board e o engajamento de profissionais focados na conscientização e educação de toda a organização estão entre as estratégias essenciais. Além disso, a gestão de riscos vindos de terceiros é fundamental para minimizar os impactos, que se tornam cada vez mais presentes”, destaca Marta Schuh, Diretora de Seguros Cibernéticos e Tecnológicos na Howden Brasil.
Apesar do aumento das ameaças, as medidas básicas de segurança cibernética, como firewalls, antivírus e backups, têm mostrado uma eficácia considerável na redução tanto da frequência quanto do impacto dos ciberataques. Entre 2019 e 2024, empresas que implementaram essas medidas reduziram a frequência dos ataques em 23%, de 61% para 38%, e o custo dos ataques foi reduzido de 6,5% para 0,6% da receita anual. Para empresas com receitas abaixo de £10 milhões, tal frequência foi reduzida pela metade, de 60% para 30%.
Atualmente, apenas 61% das empresas utilizam software antivírus e 55% implementam firewalls de rede. Entre os principais obstáculos à implementação dessas medidas estão o custo (26%), o conhecimento insuficiente (26%) e a falta de recursos internos de TI (22%).
De acordo com a pesquisa, 33% das empresas acreditam que a introdução de isenções fiscais para investimentos em cibersegurança seria a medida mais eficaz para melhorar a resiliência cibernética no Reino Unido. Outros apoios também foram mencionados, como o acesso gratuito a recursos e expertise (32%), a criação de padrões mínimos obrigatórios de cibersegurança (31%) e a obrigatoriedade de seguro cibernético (26%). No Brasil, por exemplo, não existe nenhum incentivo fiscal para esse tipo de demanda. O relatório Global Cybersecurity Outlook 2025″ do Fórum Econômico Mundial (WEF), aponta que o seguro Cyber é cada vez mais parte da gestão integrada do risco. Entre as organizações classificadas como altamente resilientes, apenas 7% afirmaram não ter seguro cibernético.
O papel da indústria de Seguros no Brasil
Diante do aumento das ameaças cibernéticas em todo o mundo, a Howden – corretora que oferece às organizações proteção financeira contra riscos cibernéticos e respostas rápidas a incidentes-, acredita que a adoção de medidas básicas de segurança é essencial para reduzir custos e melhorar a resiliência das companhias. Um estudo realizado pela SUSEP em 2024 revelou que o produto de seguro cibernético no Brasil apresentou uma sinistralidade de 19%. O principal tipo de incidente identificado continua sendo o ransomware.
“A indústria de seguros tem um papel fundamental não apenas no apoio às empresas após perdas causadas por ciberataques, mas também em ajudar a aumentar a resiliência cibernética. Corretores e seguradoras têm a capacidade de oferecer consultoria e serviços de resposta a incidentes, auxiliando as companhias a se prepararem melhor para enfrentar as ameaças. A Howden está na vanguarda dessa transformação, oferecendo soluções inovadoras e consultoria especializada”, destaca Marta Schuh.
A executiva também comenta que em 2024, o mercado segurador global atingiu cerca de USD 16 bilhões em prêmios, com as PMEs representando 45% da exposição a riscos cibernéticos. “No Brasil, no entanto, esse avanço ainda é modesto. Mesmo entre empresas de grande porte, a adoção de seguros cibernéticos é limitada. Em 2024, segundo dados da SUSEP, o volume total de prêmios foi de apenas R$ 220 milhões — e estima-se que apenas 23% desse valor esteja relacionado a pequenas e médias empresas (PMEs). Tudo isso em um cenário em que os ataques digitais se tornam cada vez mais frequentes, sofisticados e com impactos cada vez mais severos”.
No Brasil, a Howden se estabelece como uma referência no mercado de seguros, soluções acessíveis e personalizadas para organizações de diferentes portes e setores. Além das apólices sob medida para as necessidades específicas de cada cliente, a empresa inclui, sem custo adicional, um ecossistema integrado de ferramentas tecnológicas e consultorias especializadas. Esses recursos têm como objetivo não só mitigar riscos de forma proativa — por meio de análises preditivas, treinamentos em gestão de crises e monitoramento em tempo real —, mas também reforçar a capacidade de resposta rápida em situações emergenciais. Para isso, a empresa conecta seus clientes a uma rede qualificada de fornecedores parceiros, assegurando suporte 24/7 em momentos críticos, desde interrupções operacionais até desastres ambientais. Essa abordagem holística, que alia proteção financeira a estratégias de resiliência, posiciona a Howden como um agente transformador na redução de vulnerabilidades e na promoção da sustentabilidade empresarial no Brasil.