Allianz aumenta lucro operacional em 7,1% e atinge 3,8 bilhões de euros

Grupo afirma perspectiva para ano completo

2T 2023:  

  • Volume total de negócios aumenta 5,9% para 39,6 bilhões de euros.  
  • Lucro operacional sobe 7,1% e registra 3,8 bilhões de euros; forte desempenho, especialmente nos segmentos de Vida/Saúde e P&C (Ramos Elementares). 
  • Lucro líquido básico dos acionistas dá salto de 22,9% e chega a 2,5 bilhões de euros.

6M 2023  

  • Volume total de negócios cresce 4,8% e atinge 85,6 bilhões de euros.   
  • Lucro operacional sobe 14,9% e vai a 7,5 bilhões de euros, impulsionado, principalmente, pelos ramos de Vida/Saúde e P&C (Ramos Elementares).  
  • Resultado básico dos acionistas aumenta 90,2% e rende 4,7 bilhões de euros.  
  • Excelente coeficiente de capitalização Solvency II de 208%, comparado aos 201% no final do 4T 20221.

Previsão:  

  • Meta de lucro operacional para 2023 confirmada em 14,2 bilhões de euros, mais ou menos 1 bilhão de euros2.


Outros itens:  

  • Recompra de ações de até 1,5 bilhão de euros em andamento: 2,9 milhões de ações   adquiridas por 0,6 bilhão de euros até o final de julho de 2023.

“Os excelentes resultados da Allianz no primeiro semestre de 2023 demonstram a força de nossos fundamentos, à medida que capitalizamos a nossa escala global e o nosso mix diversificado de negócios para o benefício de clientes e acionistas. Com o crescimento de dois dígitos nos lucros, estamos no caminho certo para alcançar nossas metas para este ano.

Estou particularmente satisfeito com o bom desempenho do segmento de Property & Casualty (Ramos Elementares), no qual atingimos um expressivo índice combinado de 92%, com o crescimento contínuo do volume e dos lucros em Vida e Saúde, bem como com a resiliência de Gestão de Ativos, que registrou entradas líquidas positivas de terceiros pelo segundo trimestre consecutivo, apesar da disposição cautelosa dos investidores.

Nosso sólido crescimento é um reflexo claro da confiança contínua que nossos clientes depositam em nós, para apoiá-los ao longo deste período de inflação e polarização. Essas tendências não apenas desafiam nossa economia global, mas também afetam profunda e individualmente as pessoas no nível financeiro. Com os nossos resultados e posição de capital, demonstramos que a Allianz é uma empresa que oferece soluções relevantes para as necessidades das pessoas, especialmente nestes tempos turbulentos”, diz Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz.

Destaques financeiros

Volume total de negócios

2T 2023: o volume total de negócios cresceu 5,9%, chegando a 39,6 bilhões de
euros, impulsionado pelo segmento de P&C (Ramos Elementares), que se beneficiou com preços e volumes mais elevados, enquanto o crescimento de Vida/Saúde foi devido, principalmente, aos robustos volumes dos produtos do tipo single-premium nos EUA. Essa elevação foi parcialmente compensada por uma redução nas receitas provenientes dos ativos sob gestão (AuM) em Gestão de Patrimônio.

O crescimento da receita interna, com ajustes para transposição cambial e efeitos da consolidação, foi expressivo, de 8,7%, impulsionado pelo ramo de P&C (Ramos Elementares) e apoiado por Vida/Saúde.

6M 2023: o volume total de negócios aumentou 4,8%, elevando a 85,6 bilhões de euros, estimulado por P&C (Ramos Elementares), apoiado pelos ramos de Vida/Saúde, e parcialmente compensado por um decréscimo em Gestão de Ativos.

O crescimento da receita interna foi marcante, registrando 6,4%, alavancado pelos negócios P&C (Ramos Elementares).

Receitas

2T 2023: o lucro operacional subiu 7,1% para 3,8 (2T 2022: 3,5) bilhões de euros. Isso se deve a um resultado maior dos negócios de Vida/Saúde, nos Estados Unidos, e a um resultado de seguro mais forte em P&C (Ramos Elementares). Isso foi parcialmente compensado pelo segmento de Gestão de Ativos devido às receitas menores provenientes de AuM.

O lucro líquido básico dos acionistas foi expressivo com 2,5 (2T 2022: 2,0) bilhões de euros, graças ao lucro operacional mais elevado.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 2,3 (2T 2022: 2,0) bilhões de euros.

O lucro básico por ação (Core EPS)3 foi de 11,40 (6M 2022: 5,77) euros.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE) anualizado3 foi de 16,7% (ano completo de 2022:
12,7%).

6M 2023: o lucro operacional aumentou 14,9% indo para 7,5 (6M 2022: 6,5) bilhões de euros. Isso está relacionado a um resultado de investimento operacional mais alto em Vida/Saúde e a um resultado operacional de seguro mais elevado em P&C (Ramos Elementares). Isso foi parcialmente compensado pelo segmento de Gestão de Ativos devido às receitas menores provenientes de AuM.

O lucro líquido básico dos acionistas foi de 4,7 (6M 2022: 2,5) bilhões de euros devido a um maior lucro operacional e um melhor resultado não-operacional. O resultado não-operacional no ano anterior foi afetado por uma provisão relacionada à questão do AllianzGI US Structured Alpha.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 4,4 (6M 2022: 2,5) bilhões de euros.

Índice de capitalização Solvency II

O índice de capitalização Solvency II foi de 208% no final do 2T 2023,
comparado aos 206%, no final do 1T 2023. Incluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas, o índice de capitalização Solvency II foi de 235% no final do segundo trimestre de 2023, comparado aos 232% no final do primeiro trimestre de 2023.

Destaques por segmento

“Nossos resultados sólidos e a consistência da entrega estão mostrando mais uma vez a qualidade de nosso negócio.

O crescimento do volume total de negócios em nosso segmento de P&C (Ramos Elementares) foi excelente. Obtivemos expressivos aumentos nas taxas e continuamos a tomar medidas para compensar com êxito a inflação.  O desempenho nas linhas comerciais foi excepcional, como consequência da sólida dinâmica de preços e da forte disciplina de subscrição.

A lucratividade operacional em Vida/Saúde é muito forte. A sustentada criação de valor, fortemente apoiada pelo crescimento em PVNBP e por uma sólida margem de novos negócios, é a prova da nossa capacidade de entregar valor aos nossos clientes e, ao mesmo tempo, obter uma lucratividade saudável.

Nosso negócio de Gestão de Ativos continuou a registrar entradas líquidas positivas no segundo trimestre, na medida em que auxiliamos nossos clientes a navegar em um ambiente desafiador. Os ativos de terceiros sob gestão permaneceram estáveis na marca de 1,7 trilhão de euros, comparada com o primeiro trimestre. Esse é um bom indicador de lucratividade futura.

Confirmamos nossa previsão de lucro operacional para o ano completo de 14,2 bilhões de euros, mais ou menos 1 bilhão de euros”, afirma Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.

Seguro P&C: crescimento de dois dígitos

2T 2023: o volume total de negócios saltou 8%, registrando 17,6 (16,3) bilhões de euros. Ajustado para efeitos de transposição cambial e de consolidação, o crescimento da receita interna foi forte, de 11,4%, devido a um efeito de preço de 7,1% e de volume de 4,7%, ligeiramente compensados por um efeito de serviço de -0,5%. Os principais responsáveis para este aumento foram Allianz Partners, Austrália, América Latina e Alemanha.

O lucro operacional aumentou 10,8% e chegou a 2,0 (1,8) bilhões de euros, beneficiando-se de um resultado operacional de seguros mais elevado, bem como de um melhor resultado operacional de investimento.

O índice combinado melhorou 0,4 ponto percentual, ficando em 92,2% (92,6%). O índice de sinistralidade avançou 0,4 ponto percentual e chegou a 67,4%, beneficiando-se da redução nos sinistros decorrentes de catástrofes naturais e de um impacto positivo dos descontos. Isso foi parcialmente compensado pela maior inflação de sinistros e por um resultado menor de run-off. O coeficiente de despesas subiu ligeiramente em 0,1 ponto percentual registrando 24,8% (24,7%).

6M 2023: o volume total de negócios teve alta de 9,8% e chegou a 41,7 (38,0) bilhões de euros. Ajustado para efeitos de transposição cambial e consolidação, o crescimento da receita interna registrou elevação muito forte de 11,8%, apoiada por um efeito de preço de 6,4%, bem como por um efeito de volume de 5,4% e de serviço de 0,1%. Embora muitas operações tenham contribuído para esse crescimento, os principais responsáveis foram a Allianz Partners, Turquia, AGCS e Alemanha.

O lucro operacional aumentou 16,3%, atingindo 3,9 (3,3) bilhões de euros, puxado por um resultado operacional de seguros significativamente maior e também por um melhor resultado operacional de investimento.

O índice combinado teve melhora de 1,1 ponto percentual, chegando a 92% (93,2%). O índice de sinistralidade melhorou 0,9 ponto percentual e ficou em 67,2%, devido à redução dos sinistros decorrentes de catástrofes naturais e a um impacto favorável dos desconto. Isso foi parcialmente compensado por uma inflação de sinistros mais alta e um resultado de run-off menos favorável. O coeficiente de despesas teve melhora de 0,2 ponto percentual e ficou em 24,8% (25%).

Seguro de Vida/Saúde: lucro operacional acentuado

2T 2023: o PVNBP, o valor atual dos prêmios dos novos negócios, totalizou 17,7 (16,5) bilhões de euros, levado primariamente pelos volumes maiores nos Estados Unidos provenientes de vendas promocionais de anuidades de índice fixo. Os impactos econômicos na Alemanha e na Itália, principalmente devido a descontos, teve um efeito de compensação.

O lucro operacional aumentou para 1,2 (1,0) bilhão de euros, gerado sobretudo por um resultado maior nos Estados Unidos, levado pelo resultado negativo de hedge em anuidades variáveis no ano anterior, que se tornou positivo. A apropriação da margem de serviço contratual (CSM) permaneceu estável em 1,2 (1,2) bilhão de euros.

A margem de serviço contratual (CSM) ficou estável com 52,9 (52,4) bilhões de euros. Os novos negócios e o esperado retorno das atividades em curso foram compensados pela apropriação da CSM e por variações econômicas. O crescimento normalizado foi de 1,5% no segundo trimestre.

A margem de novos negócios (NBM) alcançou 6,2% (6,3%). O valor dos novos negócios (VNB) cresceu ligeiramente para 1,1 (1,0) bilhão de euros.

6M 2023: o PVNBP recuou para 36,2 (37,6) bilhões de euros, na medida em que os aumentos nos Estados Unidos e na Allianz Reinsurance foram contrabalançados por uma contribuição menor da Alemanha e da Itália.

O lucro operacional saltou para 2,5 (1,8) bilhões de euros por conta de um aumento no resultado do investimento operacional nos Estados Unidos, o qual foi causado pelo resultado negativo do hedge do ano anterior em anuidades variáveis que se tornou positivo. A apropriação a margem de serviço contratual (CSM) subiu ligeiramente para 2,5 (2,4) bilhões de euros e está em linha com as expectativas.

A margem de serviço contratual (CSM), de 52,9 (52,2) bilhões de euros, é puxada por robustos novos negócios nos Estados Unidos e na Alemanha e pelo aumento esperado devido à reversão. O crescimento normalizado foi de 2,7%.

A margem de novos negócios ampliou para 5,8% (5,5%), impulsionada pela economia favorável em todas as entidades. O valor dos novos negócios ficou estável em 2,1 (2,1) bilhões de euros, por conta da compensação de resultados na França e na Alemanha.

Gestão de Ativos: estabilidade nos ativos de terceiros sob gestão

2T 2023: as receitas operacionais foram de 1,9 bilhão de euros, uma baixa de 2%, ajustadas para efeitos da transposição cambial. O aumento das taxas de desempenho foi mais do que compensado pela redução das receitas geradas por AuM.

O lucro operacional foi de 703 (773) milhões de euros, uma queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os ajustes para efeitos de transposição cambial, o lucro operacional caiu 7,3%. O rácio de custos/receitas (CIR) subiu para 62,5% (61,7%).

Os ativos de terceiros sob gestão eram 1,662 trilhão de euros em 30 de junho de 2023, uma redução de 6 bilhões de euros em relação ao final do primeiro trimestre de 2023. As entradas líquidas positivas de 2,7 bilhões de euros e os impactos de mercado favoráveis de 2 bilhões de euros foram compensados por efeitos negativos de transposição cambial de 10,5 bilhões de euros.

O total de ativos sob gestão era de 2,163 trilhões de euros ao final do segundo trimestre de 2023, uma redução de 11 bilhões de euros em comparação ao final do primeiro trimestre de 2023, incluindo saídas líquidas de 5,9 bilhões de euros.

6M 2023: as receitas operacionais decresceram 7,5%, ficando em 3,8 bilhões de euros, devido às receitas menores provenientes de AuM.

O lucro operacional foi de 1,4 (1,6) bilhão de euros, uma queda de 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os ajustes para  efeitos  da  transposição cambial, o lucro operacional caiu 11,8%. O rácio de custos/receitas (CIR) subiu para 62,3% (60,7%). Os ativos de terceiros sob gestão somavam 1,662 trilhão de euros em 30 de junho de 2023, um aumento de 27 bilhões de euros desde o final de 2022.

Observação: os resultados financeiros são baseados nas novas normas contábeis IFRS 9 (Instrumentos Financeiros) e IFRS 17 (Contratos de Seguro), as quais foram adotadas a partir de 1º de janeiro de 2023. Os períodos comparativos foram ajustados para refletir a aplicação dessas novas normas contábeis.  

1Excluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas.  

2Como sempre, catástrofes naturais e desdobramentos adversos nos mercados de capitais, assim como os fatores apontados na nossa nota de advertência com relação a declarações prospectivas, podem afetar seriamente o lucro operacional e/ou o lucro líquido das nossas operações e os resultados do Grupo Allianz.  

3Cálculo do EPS básico (Core EPS) e do RoE com base no lucro líquido básico (core net income) dos acionistas.

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