Especialistas debatem conflitos escolares e o papel da mediação

Para falar sobre o tema “Resolução de conflitos escolares por meio da mediação”, a CâmaraSIN realizou live na útlima sexta-feira (19/11), pelocanal da TV Sincor-SP no YouTube. Na ocasião, a fonoaudióloga, psicomotricista, especialista em mediação escolar e educação especial inclusiva, Vanessa de Freitas Schaffel, o sócio-fundador e diretor geral do Colégio Petrópolis, Ricardo Gaspar, e a advogada e mediadora e conciliadora da CâmaraSIN, Vera Cristina Xavier, falaram sobre o assunto, dando destaque ao papel da mediação.

“Estamos passando por períodos delicados e, com certeza, os desafios impostos pela pandemia também mexeu com as relações escolares. Sendo assim, a mediação se faz essencial”, declara o diretor secretário da CâmaraSIN, Adevaldo Calegari, durante abertura da transmissão. O diretor tesoureiro, Edson Fecher, completou: “todo ambiente tem conflito e, no ambiente escolar, é mais frequente, já que a convivência é diária e diversa”.

Vanessa contou sobre sua trajetória profissional e explicou o que é a mediação escolar. “O profissional mediador acompanha a criança de inclusão, que tem algum diagnóstico, dentro do ambiente escolar. Então, a mediação é uma ação humanizada que viabiliza a aprendizagem dessas crianças na escola”.

Segundo a especialista, o foco do mediador não é só pedagógico. “Nós atuamos em quatro áreas de intervenção: comportamento e habilidade social, comunicação e linguagem, aspectos lúdicos e o pedagógico. O mediador atua nessas áreas do desenvolvimento para viabilizar a inclusão desses alunos”, explicou.

Ricardo Gaspar falou sobre as funções da escola no processo de desenvolvimento dos alunos. “A escola tem duas funções fundamentais: acadêmica, que é instruir as crianças, repassando conhecimento. A segunda é a questão supra acadêmica, que são estruturas que fazem do aluno um humano melhor, com força de caráter”.

De acordo com Ricardo, o uso de tecnologia é um grande impacto no dia a dia das escolas e que gera muitos conflitos. “Algumas dessas questões se judicializaram e a escola teve que entrar como testemunha. Outros conflitos são relacionados ao regimento escolar, sanções disciplinares e a inadimplência, que é o campeão de conflitos”.

Para falar sobre a mediação no ambiente escolar, Vera Xavier, destacou que quando o assunto é escola, diz respeito à toda a sociedade, já que nossa formação enquanto ser humano começa na infância. “Na escola a gente aprende a conhecer, aprende a ser, aprende a fazer e aprende a conviver. Mas, também aprende a gerir os conflitos, que faz parte da educação na escola”.

Sobre a resolução de conflitos, Vera ressaltou que dependendo do nível, o professor não é o mais adequado para resolver. “Adolescentes, por exemplo, dentro de um ambiente seguro, monitorado e acompanhado por especialistas, podem resolver os próprios conflitos. E, com isso, a forma de gerir os conflitos entra dentro do processo de aprendizagem também”.

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