Vem ganhando repercussão nos últimos tempos notícias de pessoas que buscam alguns procedimentos médicos, mas acabam esbarrando em alguma questão burocrática ou de não cobertura por parte do seu plano de saúde.
É notório que esse sistema passou por algumas mudanças. Mas será que elas vieram para prejudicar os usuários? Que as alterações acabaram prejudicando quem os contrata? O planejador financeiro Alex Barbosa – que também é corretor e sócio diretor da empresa AddGroup – vem defendendo que tudo isso precisa ser esclarecido para que esse equívoco de interpretação por parte de algumas pessoas não se perpetue.
“Acredito que a forma com que as mudanças foram divulgadas por parte da mídia é que acabou por ser prejudicial à imagem dos planos, porque na prática tudo segue como sempre foi desde 1999, quando foi criada a Lei 9656/98”, esclareceu.
Apesar da primeira afirmação, Alex reconheceu que existem tratamentos e exames não cobertos (novas tecnologias) atualmente e esses precisam passar por uma consulta pública para serem inseridos no rol. “Tem que observar a rede credenciada também. Nem sempre os prestadores estão com insumos para atender os novos procedimentos”, completou.
Para o planejador, a tensão política que atinge o país, que também traz uma pressão em tudo que está atrelado ao Governo Federal, pode estar sendo um agravante até mesmo dessa falta de compreensão do porquê dessas mudanças.
“A decisão do STJ, que promoveu as mudanças, não foi revogada. Mas, após isso, já surgiram várias revisões do rol para incluir novos procedimentos, acredito que para mostrar que o modelo atual é eficaz”, mencionou.
Para Alex, uma medida que poderia reequilibrar as relações e trazer um maior entendimento seria o esclarecimento aos clientes de que o “rol de procedimentos acobertados nos planos é mais a favor deles do que das seguradoras e que no final a sustentação da saúde privada é mais benéfica”.
“Imagina o SUS com mais uma sobrecarga de milhões de usuários que não podem mais pagar planos de saúde? Esse esclarecimento total é urgente”, finalizou.