Meu Doutor Novamed registra aumento de 47% nos atendimentos psicológicos

No Setembro Amarelo, rede de clínicas reforça a importância dos cuidados com a saúde emocional

Aproximadamente um bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com algum transtorno mental diagnosticável, de acordo com o Relatório Mundial de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em 2022. Em linha com esse cenário, a rede de clínicas Meu Doutor Novamed, do Grupo Bradesco Seguros, registrou crescimento de 47% nos atendimentos psicológicos no 1º semestre de 2023, em comparação a igual período do ano passado. A busca tem começado cedo, a partir dos 14 anos, com a principal faixa etária de atendimento dos 18 aos 40 anos.

Ainda de acordo com o relatório da OMS, uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum transtorno mental, sendo a ansiedade e a depressão os diagnósticos mais comuns. Para a psicóloga Letícia Silva, da unidade de Osasco (SP) da rede Meu Doutor Novamed, o aumento de questões mentais e emocionais entre os jovens e adultos está associado ao modelo de vida.

“Na maior parte do tempo, a sociedade acaba vivendo de maneira automática, sem perceber a rotina que leva, o desgaste mental excessivo, a alimentação inadequada, o sono irregular. Todos esses fatores contribuem para o aumento de alguns transtornos, como ansiedade e depressão”, reforça a psicóloga.

Dra. Letícia Silva, psicóloga da unidade de Osasco (SP) da rede Meu Doutor Novamed

Fatores de risco que impactam na saúde mental

São múltiplos os fatores relacionados ao desenvolvimento de transtornos mentais. A psicóloga Letícia Silva destaca os aspectos biológicos (físicos), psicológicos (emocionais) e ambientais (sociais e culturais) entre os que podem impactar a saúde mental. E acrescenta outro: o genético. “Uma pessoa com histórico de transtorno mental na família, por exemplo, está mais vulnerável ao desenvolvimento de uma patologia dessa natureza”.

A psicóloga Gabriella Braga, da rede Meu Doutor Novamed na unidade Méier, no Rio de Janeiro (RJ), alerta sobre situações que também podem ameaçar a saúde mental. “Entre as condições de riscos, podemos considerar o estresse, as influências ambientais hostis, os abusos, que podem ser psicológicos, físicos e/ou sexuais.

A saúde mental é um tema cada vez mais relevante para toda a sociedade. E em meio a esse contexto, as campanhas e ações educativas, bem como o trabalho de apoio de entidades dedicadas ao tema, auxiliam na conscientização sobre o desenvolvimento de novas atitudes e abordagens relativas às questões emocionais.

A saúde mental dos jovens

A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento emocional. De acordo com os dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade. Porém, em sua maior parte, os casos não são detectados e tratados.

A psicóloga Letícia Silva ressalta a importância da atenção à etapa de transição para a vida adulta. “A adolescência é responsável pela preparação para a vida adulta, impactando em questões que vão desde as habilidades interpessoais, como a capacidade de planejamento e de resolução de problemas, à administração de emoções. A falta de atenção à saúde mental nesta fase pode influenciar de maneira negativa a fase adulta, afetando a capacidade da pessoa em lidar com as suas emoções e fazendo com que ela tenha dificuldades em se abrir a novas oportunidades ao longo da vida”.

De acordo com a OPAS, o impacto das questões emocionais na saúde do jovem é um problema global. As condições de saúde mental são responsáveis por 16% das doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos. Entre as principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes está a depressão.

Para Letícia, o elevado número de adolescentes com patologias mentais se deve principalmente à limitação do convívio social real, substituído por conexões exclusivamente virtuais e pela exposição excessiva à tecnologia. “Hoje, com o aumento de acesso a tecnologias, os jovens acabam passando mais tempo conectados ao celular do que em contato com a própria família e os amigos. Esse comportamento de isolamento e falta de interação social contribui de maneira significativa para os transtornos mentais”, reforça a profissional da Meu Doutor Novamed.

Ela acrescenta as pressões sociais, sobretudo na família, como mais um fator potencialmente prejudicial à saúde emocional do indivíduo em formação. “A adolescência é um momento único, que molda as pessoas para a vida adulta. Um ambiente estressante, de cobranças, punições e conflitos, é altamente impactante no desenvolvimento dos jovens. Muitas vezes, há uma pressão parental referente ao futuro desses jovens, em um momento em que é primordial que eles tenham o apoio para desenvolver o autoconhecimento”.

A psicóloga Gabriella Braga reforça o papel dos pais nesta fase de transformações. “Eles podem ajudar buscando o auxílio de profissionais capazes de orientar e tratar condições que geram sofrimento significativo na vida do adolescente e da família”.

A especialista da unidade carioca da Meu Doutor Novamed lista alguns sinais que podem ser percebidos no comportamento do adolescente, e que não devem ser ignorados:

· Isolamento, evitando exposição e interações;

· Choro constante;

· Perda ou ganho excessivo de peso;

· Problemas gastrointestinais – que podem ter origem emocional.

Equilibrando a saúde mental

A promoção da saúde emocional e a prevenção de transtornos, por meio da terapia, são fundamentais para a construção de uma vida equilibrada. “Tais estratégias vão ajudar o paciente a construir uma boa autoestima, autoeficácia e outras habilidades, tais como a resiliência para lidar com possíveis problemas futuros. A ideia da terapia é justamente fazer o paciente desenvolver habilidades para lidar com as situações atuais e também usar isso a seu favor no futuro. Sabemos que ninguém está livre de problemas, mas existem recursos que são aprendidos e podem ser levados para a vida”, comenta a psicóloga Gabriella Braga.

Dra. Gabriella Braga, psicóloga da rede Meu Doutor Novamed na unidade Méier, no Rio de Janeiro (RJ)

Ela complementa que o tratamento psicológico, acompanhado, em alguns casos, do tratamento medicamentoso, ajuda a diminuir os sintomas, fazendo com que a pessoa consiga lidar com suas questões emocionais. “O tratamento existe. Com o apoio profissional adequado, é possível alcançar qualidade de vida e bem-estar”.

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