Aon debate a relação entre os riscos e a agenda ESG

Em seminário da ABGR, especialistas da companhia abordaram as soluções inovadoras voltadas à agenda social, ambiental e de governança

A Aon plc (NYSE: AON), líder mundial em serviços profissionais, marcou presença nos debatesdo XIV Seminário de Gestão de Riscos e Seguros, promovido pela ABGR (Associação Brasileira de Gerência de Riscos) nos dias 16 e 17 de novembro, em São Paulo. O evento, que reuniu os players e tomadores de decisão do segmento de risk management, teve a agenda ESG como principal tema desdobrado em diversos painéis realizados ao longo dos dois dias.

Na palestra “ESG & Sustentabilidade”, que contou com a participação do gerente de Soluções em ESG e Instituições Financeiras da Aon no Brasil, Thomas Fabelo, o principal questionamento foi a importância de se integrar a sustentabilidade nas empresas. Segundo Fabelo, um dos motivadores para conectar a sustentabilidade com a estratégia de negócio é aplicar o conceito chamado pela Aon de “4Cs”:O primeiro é a “convicção”, ou seja, quando as empresas naturalmente entendem que ESG e sustentabilidade são importantes no longo prazo, para o legado da companhia; o segundo é a “conveniência”, caracterizado pelo segmento no qual a empresa faz parte, como, por exemplo, as que atuam em geração de energia renovável; o terceiro é o “compliance”, adotado por muitas companhias na estratégia para atender à regulamentação do seu setor, com avanços em níveis internacional e nacional; o último é o C de “concorrência”: se no seu segmento, todos os concorrentes adotam a sustentabilidade como estratégia, mas a empresa não, provavelmente ficará para trás, mas se,por outro lado, nenhum concorrente atua desta forma, mas a companhia sim, mas a companhia tem, ela destaca-se perante os demais. “Na Aon temos essa estratégia interna com um departamento específico para soluções ESG, desenvolvido para ajudar os nossos clientes em toda a jornada, seja qual for o ‘C’ pelo qual eles estejam passando no momento, orientando-os para tomarem as melhores decisões nesse sentido”, explicou Fabelo. O especialista da Aon apontou ainda a agenda de sustentabilidade como impulsionador da inovação, e citou três formas despontando no mercado para as empresas atingirem seus objetivos nesse caminho: novas formas de acessar capital, novos riscos, e novas tecnologias.

A importância de um programa de seguro que atenda a empresa em toda a jornada e que permeie o risco cibernético, incluindo como responder a um incidente e como lidar com suas consequências, foi destacado pelo Líder de Cyber e da Vertical de Tecnologia da Aon no Brasil, Marco Mendes, no debate sobre “Cyber Risk e LGPD”. “O Cyber é o início da jornada, porque não basta só se preocupar com property, D&O, e outros tipos de apólices, se existir um ataque que gere uma fraude, por exemplo, ou um ataque que resulte em dano material. Como será coberto? E se não for, quais caminhos seguir para atender o que o seguro não cobre?”, ressaltou Mendes. Sobre esse ponto, ele indicou ainda a importância de conversar com o mercado segurador para conseguir a colocação do risco do cliente de uma forma competitiva para todos. Para isso, é essencial um programa que deixe claro o quão rápido, eficiente e menos custoso será a resposta ao incidente. Além disso, Mendes alertou ainda para a necessidade de expandir a cultura de privacidade entre todos, e não apenas dentro da própria empresa, mas abarcando também toda a cadeia de suprimentos, que também pode ser impactada por um ataque ou mesmo ser a porta de entrada.

Ressaltando o desafio do Brasil para assumir o papel de protagonista na jornada de aumentar a produção de alimentos para a população mundial, que deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050, o Líder da Indústria de Food, Agribusiness e Beverage para LatAm da Aon, Paulo Vitor Rodrigues, sinalizou as tendências para o setor de agronegócio do País. “Vemos uma consolidação grande no seto, e as fusões e aquisições (M&A) estão entre as principais tendências, em decorrência da maior profissionalização, como na cadeia de distribuição de insumos, por exemplo, com pequenas revendas sendo adquiridas por fundos de private equity e agroquímicas”, exemplifica, sem esquecer das mudanças climáticas, que já são realidade. No painel “Agronegócio e Ambiental”, Rodrigues citou ainda o bom papel de empresas de tecnologia (agrotechs e foodtechs) que hoje trabalham para melhorar a produtividade, redução do desperdício, eficiência operacional, e redução de custo do setor. Ainda entre as novidades para este mercado, especialmente para mudar a cultura de produtores de encarar o seguro como investimento e não custo, já existem a subvenção privada à contratação de apólices por grandes empresas, e a opção de atrelar a oferta de financiamento à adesão ao seguro, olhando a carteira como um todo e não “risco por risco”, tornando as taxas mais competitivas.

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