Ataques hackers aos dados de saúde ressaltam importância da proteção cibernética

Dentre as preferidas para violações na internet em 2021, área está confrontada a adotar melhores soluções de TI e seguros

Os setores público e privado de saúde estão impelidos a avançar com urgência em soluções contra ataques hackers. A área está entre as preferidas para o sequestro de dados, que valem 25 vezes mais em mercados clandestinos na comparação com outros nichos econômicos, segundo levantamento da consultoria internacional PWC junto a 3,2 mil executivos de grandes empresas, em 90 países, ao longo de 2021.

Dentre os casos emblemáticos no Brasil, destaque para a invasão aos dados de pacientes do laboratório Fleury no 1º semestre e ao site do Ministério da Saúde, no final do ano passado. O risco à vida em meio aos casos de Covid-19 e demais enfermidades, a urgência dos exames, a abrangência dos documentos e detalhes de filiação impulsionam as violações, geralmente com softwares ransomware e pedidos de resgate em criptoativos (moeda virtual difícil de rastrear).

“Ações preventivas devem ser adotadas e atualizadas constantemente. Existem inúmeras camadas de proteção tecnológicas. No entanto, quando se trata de ativos e processos críticos, dados confidenciais, é preciso um movimento mais estratégico de mitigação de riscos. Pela responsabilidade compartilhada, pela possível exposição de informações de terceiros, por conta dos danos financeiros, ao relacionamento, imagem e reputação. Logo, os seguros são imprescindíveis”, explica o gerente comercial de CyberSeguros da Wiz Corporate, Eduardo Bezerra.

O estudo da PWC aponta que cerca de 48% dos executivos brasileiros da área da saúde passaram a considerar o aumento no orçamento para a proteção cibernética, após os últimos episódios divulgados pela imprensa. Os seguros cibernéticos contemplam a reparação de lucro cessante por interrupção de rede, investimentos na restauração e recuperação de dados, em uma investigação administrativa e até mesmo no pagamento de resgates.

“Indústrias farmacêuticas, centros de pesquisas que atuam com vacinas, hospitais, grandes redes de assistência médica e clínicas estão no radar dos criminosos e devem atentar, inclusive, para as punições previstas na Lei Geral de Proteção de Dados. Com a telemedicina, a exposição na rede é ainda maior. Todo o ecossistema de saúde precisa rever seus investimentos e aprimorar as políticas de segurança cibernética”, enfatiza Eduardo Bezerra.

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