Cerca de 10% das viagens no Brasil já têm proteção contra prejuízos por cancelamento decidido pela operadora de turismo

Procura por Seguro de Responsabilidade Civil aumentou desde o caso que envolveu as empresas 123 Milhas e Hurb.

No Brasil, cerca de 10% das viagens já contam com um tipo de seguro que indeniza o consumidor em caso de cancelamento decidido pela operadora ou agência de turismo. A estimativa é da Ifaseg, corretora de seguros que atua desde 2009 com este tipo de proteção, denominada seguro de Responsabilidade Civil Profissional (RCP), que pode ser contratada tanto pela agência de viagens quanto pela operadora de turismo.

“A preocupação do mercado com este tipo de risco cresceu muito desde o caso das empresas 123 Milhas e Hurb, que cancelaram pacotes de viagem comprados de forma antecipada, causando transtornos a milhares pessoas”, revela Mário Gasparini, diretor da Ifaseg. Segundo ele, desde o início do episódio o número de consultas de operadoras e agências interessadas na aquisição do seguro cresceu 15% e vem se mantendo neste patamar.

De acordo com o diretor, um dos principais atrativos do seguro de RCP é a relação entre custos e benefícios. “Uma operadora de turismo com faturamento anual de cerca de R$ 400 mil pode contar com a proteção por apenas R$ 1 mil por ano, aproximadamente”, explica, acrescentando que a cobertura se estende a vários outros riscos normalmente envolvidos em uma viagem.

Mário Gasparini conta que o seguro protege o consumidor de prejuízos causados por erros praticados por qualquer um dos prestadores de serviços durante a viagem, entre agência, operadora, empresa de transporte aéreo ou terrestre, hotel, transfer etc. “A maior dificuldade que tivemos para viabilizar o seguro em seu lançamento em 2009 foi justamente a amplitude da cobertura”, relembra o diretor da Ifaseg.

Ele relata que os principais riscos associados com os pacotes turísticos geralmente estão relacionados com o traslado aéreo: atrasos, cancelamentos e problemas com a bagagem. “Cerca de 70% dos eventos são desta natureza”, destaca. Com relação aos 30% restantes, os incidentes ocorrem de forma majoritária em hotéis: mau atendimento, frustração com o que se espera do material de propaganda, problemas nas acomodações etc.

O executivo reconhece que a parcela de 10% das viagens cobertas pelo seguro de RCP no Brasil ainda é relativamente pequena, mas afirma que já atende uma quantidade expressiva de consumidores preocupados com o risco de cancelamento, entre outras muitas ameaças. De qualquer forma, ele acredita que o número de viagens cobertas pelo seguro será multiplicado nos próximos anos. “É cada vez maior o número de agências e operadoras interessadas em preservar a qualidade de seus serviços, que também inclui a capacidade de indenizar o turista em função de possíveis frustrações”, finaliza.

Pioneirismo e premiação

O seguro de responsabilidade civil para a área de turismo foi lançado no mercado brasileiro pela Ifaseg em 2009, – iniciativa que rendeu para a empresa o seu primeiro Prêmio de Inovação em Seguros Antonio Carlos de Almeida Braga, concedido pela CNseg – confederação que reúne as seguradoras de todo o Brasil. De lá para cá, a Ifaseg vem atuando de forma especializada no segmento, administrando os riscos de diversas operadoras e agências de turismo.

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