O serviço é obrigatório e cresce de acordo com o alto número de condomínios criados nas cidades nos últimos anos.
O mercado de seguros possui uma variedade de serviços e proteções, sendo alguns mais conhecidos como o residencial, auto e saúde. No entanto, um serviço que se faz cada vez mais necessário é o seguro condomínio, devido ao alto número de condomínios de prédios e casas construídos.
Um estudo realizado pela empresa Triider, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que foram construídos no Brasil 7,8 milhões de novos apartamentos nos últimos 35 anos. No período de 1984 a 2019, o número de prédios nas grandes regiões cresceu 321%. Com esse aumento, cresce também a contratação do seguro condomínio que, ao contrário do que muitos podem pensar, possui cobertura diferente do seguro residencial.
O seguro condomínio, ou seguro predial, é um produto que protege as áreas comuns da propriedade, além de ser obrigatório e de responsabilidade do próprio condomínio, que deve arcar com os custos dessa contratação. Em prédios, por exemplo, as coberturas abrangem toda a edificação, além das partes estruturais dos apartamentos e áreas comuns. Agora, quando falamos de condomínios de casas, esse tipo de seguro oferece coberturas para tudo o que for compartilhado, como corredores, jardins, garagem e afins.
A alta procura do seguro condomínio está levando as seguradoras a incrementarem o produto, já que ele também garante segurança aos moradores. Algumas coberturas adicionais contemplam: danos elétricos, desmoronamento total ou parcial, vendaval e granizo, vazamento de tanques e tubulações, impacto de veículos e roubo de bens do condomínio. Os valores da contratação podem variar de acordo não só com a quantidade de casas e apartamentos no local, mas também com os valores dos imóveis.
Manes Erlichman, vice-presidente e diretor técnico da Minuto Seguros, uma empresa Creditas, explica a importância do serviço e no que ele difere do seguro residencial. “Todas essas coberturas são voltadas para o condomínio e não especificamente para as casas ou apartamentos. Para quem mora em condomínio, é importante complementar essa proteção com a contratação de um seguro residencial, esse sim de responsabilidade de cada morador”, destaca.
De acordo com Manes, é importante que o morador observe as diferenças de coberturas dos produtos. “Caso ocorra um incêndio de grandes proporções num condomínio, o seguro do condomínio dará cobertura aos reparos nos danos da estrutura do prédio, danos na fachada e danos nas áreas comuns. Mas será o seguro residencial que dará cobertura para os móveis, eletrodomésticos e demais bens do segurado no interior da residência”.
Ao buscar um seguro de condomínio, Manes explica que é necessário fazer uma pesquisa aprofundada. “O síndico deve fazer uma análise minuciosa para avaliar a necessidade real de cada cobertura de acordo com a realidade do condomínio”, diz.