Procura por seguro Viagem dispara no primeiro bimestre de 2024

Apenas em fevereiro deste ano, com as férias e o Carnaval, o produto cresceu 38,8% em relação a 2023, arrecadando cerca de R$80 milhões

Em função do maior número de embarques, um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) identificou o aumento de 9,5% na demanda pelo seguro Viagem, se comparado com o ano anterior, resultando em uma arrecadação de R$143,1 milhões no primeiro bimestre de 2024. O comportamento do produto anda em paralelo com os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que mostrou um avanço de 23,1% no total de viajantes com o total de 2,2 milhões. Ao considerar as viagens regidas pelo Tratado de Schengen (acordo de livre circulação entre países Europeus), onde este tipo de seguro é obrigatório, o total indicado pela Agência foi de 650 mil pessoas no somatório de janeiro e fevereiro deste ano, 16,0% a mais que em 2023.

Em fevereiro deste ano, as férias e o Carnaval impulsionaram o crescimento de 38,8% na demanda pelo seguro Viagem, se comparado com o mesmo período de 2023, alcançando cerca de R$80 milhões em arrecadação. Em indenizações, nesse mês, foram pagos cerca de R$60 milhões em apólices, avanço de 19,8%, o que mitigou o impacto de eventos inesperados nas viagens de milhares de brasileiros. Neste período, a ANAC registrou embarque de mais de um milhão de viajantes para destinos internacionais, avanço de 26,8%. No bimestre, a alta de pagamentos foi de 4,0% com o total de R$110 milhões em desembolsos.

O seguro Viagem garante ao segurado, ou aos seus beneficiários, uma indenização na forma de pagamento do valor contratado, de reembolso ou de prestação de serviços, no caso da ocorrência de riscos cobertos, desde que relacionados à viagem. O produto oferece como coberturas básicas: despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas em viagem (DMHO); traslado de corpo; regresso sanitário; traslado médico; morte, ou morte acidental, em viagem; e invalidez permanente total ou parcial por acidente em viagem.

Para as coberturas de morte, ou morte acidental, em viagem, a indenização consiste no pagamento do capital segurado aos beneficiários estipulados em contrato. Para viagens ao exterior, é obrigatória a contratação da cobertura de Despesas Médicas Hospitalares e Odontológicas (DMHO). Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, explica que, além das coberturas citadas anteriormente, o produto também pode cobrir, adicionalmente, extravio e dano de bagagem, funeral, cancelamento de viagem e regresso antecipado.

No primeiro bimestre do ano, o setor de seguros, excluindo a Saúde Suplementar, pagou R$ 39,1 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios, avanço de 1,5% sobre o ano passado. Destaca-se o segmento dos Títulos de Capitalização, que cresceu 27,6%, com quase R$ 4,7 bilhões pagos em resgates e sorteios. Pelo lado da procura pelos produtos do setor, no período, foi observado avanço de 17,3% na arrecadação, somando R$68,3 bilhões, R$10 bilhões a mais do que em 2023. Considerando apenas fevereiro de 2024, a arrecadação com produtos do setor totalizou R$ 33,2 bilhões, expressivo avanço de 22,7% sobre o mesmo mês do ano passado. Pelo lado das indenizações, o setor pagou R$ 18,3 bilhões, uma evolução de 2% sobre o resultado do mesmo mês de 2023.

Desempenho de 2023
Com a recente divulgação, em abril deste ano, dos dados do quatro trimestre de 2023 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Confederação Nacional das Seguradoras identificou uma alta na demanda por proteção de bens, da vida e da renda dos consumidores e empresas. No consolidado do ano passado em relação com 2022, ocorreu o avanço de 11,5% com um volume de quase R$ 670 bilhões arrecadados.

O pagamento de indenizações, despesas assistenciais, resgates, benefícios e sorteios, também seguiu a tendência positiva e registrou crescimento de 7,9% sobre 2022. Somente o segmento de Saúde Suplementar, em 2023, pagou R$ 241,2 bilhões em despesas assistências médico-hospitalares e odontológicas, avanço de 13,4% sobre 2022, com arrecadação de R$ 281,5 bilhões em contraprestações líquidas, 15,0% a mais que no ano anterior.

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