Contratação de seguro de vida cresceu 55% nos últimos dois anos, aponta Globus

Segundo a corretora, aumento na busca pelo serviço está atrelado diretamente à pandemia; valor médio da cobertura é próximo a R$ 1 milhão e faixa etária acima de 50 anos foi a que mais demandou neste período

A pandemia provocou inúmeras transformações na sociedade, principalmente na esfera comportamental no mundo todo. Uso de máscaras, higienização constante das mãos e restrições ao convívio social são só alguns exemplos mais conhecidos. No quesito seguros, a mudança maior diz respeito a seguro de vida – que passou a ser mais procurado e valorizado. Dados da corretora Globus Seguros apontam um crescimento de 55% na contratação desse tipo de produto nos últimos dois anos – isto é, de 2019 para 2021.

O número apresentado indica que o surgimento da covid-19 mudou a percepção dos brasileiros quanto a importância das indenizações em casos de contingência dentro de um planejamento financeiro. “O medo do incerto fez com que as pessoas se abrissem para o assunto e, por consequência, conseguimos explicar de forma simples e eficaz a ‘quebra’ de alguns mitos do produto e a importância dessa proteção”, afirma Fernando Brito, sócio da Globus Seguros.

O executivo ainda destaca que as corretoras e seguradoras precisaram se adaptar a essa nova realidade. Antes, por exemplo, muito se falava de apólices que não contemplavam casos de falecimento por conta da covid-19, porém, isso mudou. “Houve um consenso entre as seguradoras e os órgãos de regulação — apesar de não haver cobertura — que as indenizações seriam realizadas normalmente para os clientes que já possuíam o produto. Para os novos clientes, foi colocado uma carência de 90 dias a partir da contratação”, conta Brito.

Apesar da concordância entre empresas do setor quanto à indenização, o executivo alerta que é necessária atenção redobrada no momento de contratar um seguro de vida, pois nem todas as corretoras e seguradoras se posicionaram a favor em relação a tal cobertura. Ou seja, o custeio do sinistro neste caso não é universal no mercado.

Para evitar contratempos, o sócio da Globus orienta que o interessado busque seguros com pelo menos 10 anos de garantia. “Desta forma, evitará ‘pegadinhas’ como: renovação anual que podem não ser aprovadas pela empresa; reajuste por idade (alguns possuem custo inviável a longo prazo); e ainda cancelamentos e não renovação sem a garantia de continuidade da cobertura”.

Perfil do contratante

Outro crescimento identificado pela Globus foi no público acima de 50 anos. “Notamos que houve um aumento, ao longo dos últimos dois anos, em torno de 40% para esta faixa etária, com ênfase nos clientes acima de 65 anos, que representam metade dos novos contratantes”, conta Brito. O executivo também releva que a média de cobertura da corretora é de aproximadamente R$ 1 milhão, e que a maior demanda é por seguro individual e não em grupo.

“Apesar das empresas contratarem o seguro para os funcionários, muitas vezes por obrigatoriedade sindical, nos deparamos constantemente com pessoas que já possuem o seguro da empresa e mesmo assim buscam complemento de forma individual. Na maioria das vezes é por achar que o valor é baixo para sua necessidade ou mesmo por entender que perderá o benefício caso seja desligado do emprego”, diz.

Por fim, o executivo diz que a Globus estima um novo crescimento para 2022 em seguro de vida – algo entre 30% a 35%. “Em nossa visão, a tendência de novos contratos é crescente, até pelo fato de novas variantes surgindo. Há também outras questões, como a conscientização de planejamento financeiro mais completo e a organização sucessória, que estão cada vez mais forte entre nossos parceiros, movimento que pode impulsionar soluções por seguros, além de contribuir na demanda por seguro de vida como possível solução”, finaliza.

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