Primeiro presidente da Aconseg-NNE destaca o potencial existente e o objetivo de aumentar a participação das regiões no volume geral de seguros
Carol Rodrigues
Um grupo de WhatsApp criado para algumas assessorias discutirem interesses comuns, como notícias do mercado e ideias que agreguem valor ao trabalho, foi o ponto de partida para a criação da Aconseg-NNE.
Fundada em 25 de julho deste ano, a associação nasce composta por 32 assessorias que atuam em parceria com mais de 25 seguradoras no atendimento há aproximadamente 4 mil corretores de seguros das regiões Norte e Nordeste do País.
Djalma Ferraz é o presidente da associação, cuja criação contou com uma troca de informações com a Aconseg-SP e tem como objetivo contribuir para a estruturação das assessorias, que crescem em todo o Brasil.
“A assessoria é um braço comercial, mas também operacional e técnico das seguradoras. Temos um número grande de ex-funcionários de seguradoras que entregam essa experiência no atendimento ao corretor. O canal corretor é fundamental e tem o maior volume de comercialização de seguros no Brasil, e a assessoria alcança esse profissional para a seguradora”, reforça.
Plano de gestão
O mandato do presidente da Aconseg-NNE é de dois anos e pode ser renovado uma vez por igual período. Como parte do seu plano de gestão, Ferraz focará em um trabalho de comunicação e interlocução forte entre as seguradoras e os corretores, além de agregar as demais entidades que compõem o mercado de seguros.
“O nosso projeto é conseguir furar a bolha do mercado de seguros e alcançar quem está do lado de fora. Falamos que a comunicação dentro do mercado é muito bem-feita, mas temos o desafio de avançar a comunicação para alcançar quem está fora do mercado – consumidores e demais espaços da sociedade civil – para fortalecer a cultura do seguro”, conta o presidente da associação, que almeja contribuir para aumentar a participação do seguro no PIB nacional, hoje em 3,7%.
Potencial de negócios
Ferraz destaca o avanço do segmento de assessoria e observa boas notícias no segmento e contratação das assessorias por parte das seguradoras para alcançar novos espaços. “No Norte e Nordeste, em especial, identificamos um grande potencial. A nossa participação no mercado de seguros é um pouco superior a 13% da produção nacional. Se na economia como um todo o Norte e Nordeste representam 20% do PIB nacional, por que na área de seguros só estamos com 13%?”, reflete. “O Norte e o Nordeste têm tudo para fazer com que o mercado de seguros cresça acima da média nacional e alcance percentuais que representem o verdadeiro potencial das regiões”.
Segundo ele, nesses locais o maior volume de produção ainda é do ramo Automóvel, mas Ferraz assinala que outros segmentos estão crescendo acima da média, como Saúde, Seguros Patrimoniais (Incêndio), Responsabilidade Civil e Vida. “Todas as assessorias operam com seguradoras que são multiprodutos”.
Conteúdo da edição de agosto (245) da Revista Cobertura