O corretor e a filosofia de seguros 30 horas

Edgard Imbó foca em atender os clientes em todas as suas necessidades, opta em manter atuação diversificada e trabalhar com assessorias em seguros

Carol Rodrigues

Seguros 30 horas. Esse é o slogan e também a filosofia da Empresa Brasileira Corretora de Seguros (EBS) fundada pelo corretor Edgard Von Villon Imbó. Essa filosofia surgiu ainda quando ele trabalhava na Bradesco Seguros Corretora e notava a necessidade de o cliente tirar dúvidas e conversar com alguém fora do horário do expediente.

“Estamos falando de um período em que não havia aparelhos celulares, há mais de 30 anos. Eu atendia o cliente no horário comercial e, naquela época, eu já desenvolvia uma maneira de conversar com ele após o horário comercial. Comecei com os primeiros bipes (equipamentos que antecederam os celulares)”, conta.

Hoje, ele continua a atender os seus clientes fora do horário de trabalho.

“O corretor de seguros é aquela pessoa que dá o primeiro atendimento e diz: ‘calma, está tudo bem. O seu dano está coberto. Agora, você tem que fazer isso’”, observa Imbó, para quem o corretor é a pessoa que acolhe o segurado.

A corretora de Imbó completa 30 anos em dezembro deste ano e a estratégia dele é não ser uma corretora de um produto, mas, sim, que atende o cliente em todas as suas necessidades.

Ele atua com os seguros mais tradicionais como Automóvel, Residência e Vida, e também direciona o olhar para outras oportunidades. “Nos últimos anos, tenho me especializado em Seguros de Responsabilidade Civil – D&O. Com o advento dos equipamentos de mobilidade e drones, também começamos a nos especializar no aeronáutico de pequeno porte”.

Assessorias em seguros

Quando começou a operação da corretora, Edgard tentou ter funcionários e administrá-los. “Comecei a ver que eles não tinham o mesmo engajamento e que o grande negócio era profissionalizar esse backoffice. A minha vocação é vender para o cliente final. Sou a pessoa que fala com a seguradora e com o segurado, mas tem um monte de gente entre esses momentos, que ajudam. Foi quando percebi que a assessoria fecha essa lacuna”.

Para isso, ele se estruturou de forma que seja apoiado pelo trabalho das assessorias em seguros.

Se no início ele trabalhava com seis seguradoras no máximo, hoje, a corretora divide o faturamento em torno de 25 notas fiscais. “Com isso, a gente cresce. O que um não aceita, o outro tem aceitação”.

A EBS tem cadastro em 32 seguradoras, além de parcerias com seis assessorias e plataformas de seguro saúde.

Desafios da corretagem

“Escutei uma definição de um dirigente de uma seguradora que disse que estávamos trabalhando com o menor preço possível, muito canibalizado antes da pandemia. A pandemia fez uma peneira. O que está acontecendo é que a margem de comercialização mudou. Quem está diversificando em ramos consegue ter alguma possibilidade de continuar”, analisa.

Na visão de Edgard, permanecerá no mercado os profissionais mais técnicos e engajados com a tecnologia. “É o que está fazendo a minha empresa, a EBS, sobreviver nesse novo mercado. Ele deu uma mudada radical nos últimos dois anos em função da pandemia, mas já vinha mudando nos últimos dez anos sensivelmente”.

Na corretora, embora o Automóvel seja a maior carteira, não é a que tem mais rentabilidade, pois está atrás de Ramos Elementares e Responsabilidade Civil.

Em 2021, a corretora cresceu 37%. “Nós crescemos nos outros ramos, que não eram das principais seguradoras. Começamos a crescer em seguradoras que nem constavam no dia a dia do mercado, são companhias que chegaram com coberturas diferenciadas. Comecei a buscar ser diferente e é isso que está dando certo”.

Conteúdo da edição de setembro (246) da Revista Cobertura

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