Proteção pensada para as protetoras

Com vocação natural para cuidar e cada vez mais à frente do planejamento da família, mulheres têm buscado seguros de vida que atendam suas necessidades

Thaís Ruco

O público feminino representa hoje no Brasil a maior parcela da força de trabalho e tem em seu DNA a proteção da família. Boa parte do planejamento financeiro familiar está nas mãos das mulheres, que tendem a se preocupar mais com o que vai acontecer no caso de sua ausência e, por isso, buscam garantir proteção e tranquilidade não somente para si mesmas, mas também para os que delas dependem, principalmente os filhos.

Segundo o IBGE, as mulheres têm uma expectativa de vida média de 80 anos no Brasil, sete a mais que os homens. Outro dado interessante, revelado na PNAD Contínua do IBGE, é que 9 milhões de mulheres tornaram-se chefe de família entre 2012 e 2019, enquanto 661 mil homens perderam essa função. Isso reforça a necessidade de planejamento de longo prazo, sobretudo nos eventos adversos relacionados a doenças.

As mulheres têm necessidades de proteção específicas, envolvendo desde o cuidado consigo mesmas, no que diz respeito a doenças tipicamente femininas, até soluções que contemplem a família e os filhos. “É importante ter um olhar aprofundado para doenças femininas. As coberturas de seguro de vida para diagnóstico de câncer de mama ou ginecológico, por exemplo, são essenciais para garantir tranquilidade e estabilidade em um momento tão sensível na vida da mulher, que pode impactar não apenas o equilíbrio emocional, mas também o lado financeiro. Já o instinto de zelar pelo bem-estar e proteção da família é uma característica intrínseca ao público feminino, que tende a ser mais previdente e a se preparar melhor tanto para os momentos esperados quanto para os inesperados”, aponta Bernardo Castello, diretor da Bradesco Vida e Previdência. Na companhia, a contratação do vida pelo público feminino vem evoluindo e já representa 50% do total das vendas.

Alfeo Marchi, diretor de Mercado da MAG Seguros, reforça que as mulheres são cada vez mais tomadoras de decisão em relação ao consumo e isso se reflete no aumento do seguro de vida. “Quando analisamos pelo prisma do mercado de seguro de vida, elas têm ainda mais relevância, pois em geral as mulheres têm mais sensibilidade sobre a necessidade do cuidado, da proteção e do planejamento para o futuro, tanto próprio quanto o de sua família. Registramos, na companhia, um crescimento de aproximadamente de 10% na contratação de seguro de vida pelas mulheres em 2020 em relação ao mesmo período de 2019”.

O apoio financeiro à mulher e à sua família é muito importante, assim como o apoio físico e emocional. “Muitas vezes, as pessoas que são surpreendidas com o diagnóstico de câncer de mama não contam com uma reserva financeira para ajudá-las nesse momento, e o seguro de vida oferece esse apoio”, afirma Fernanda Pasquarelli, diretora de Vida e Previdência da Porto Seguro. “É uma preocupação a menos, pois todos sabem que a mulher está amparada financeiramente nessa situação delicada e os recursos financeiros também servem como proteção aos filhos e à família”, justifica.

Viviane Quinalha, diretora Territorial da Mapfre, lembra que as mulheres estão em ascensão e fazendo parte das planilhas da casa, por isso avaliam o impacto que teriam se estivessem impedidas de trabalhar. “Este crescimento das mulheres no mercado de trabalho tem sido muito bom para as famílias, até como exemplos de proteção para os próprios filhos”, frisa.

O segmento do seguro de vida está em evidência desde 2020, quando o mundo começou a passar pela pandemia do coronavírus. “No ano passado fizemos algumas mudanças em nossos produtos. No caso do seguro de vida, por exemplo, passamos a indenizar casos relacionados ao coronavírus respeitando todos os processos de regulação do sinistro. Acompanhamos os níveis de solvência e liquidez do negócio, sem prejuízo para os clientes da carteira. Realizamos uma profunda análise, dada as circunstâncias de calamidade e considerando as dificuldades na realização de diagnóstico preciso, em que concluímos que os eventos de morte nos seguros de vida individual e coletivo devem ser amparados pela cobertura securitária”, conta Fernanda.

No desenvolvimento de um produto específico para o público feminino, é importante considerar a dinâmica da vida da mulher. “As mulheres de hoje têm cada vez menos tempo, em especial para as coisas de casa, então os produtos precisam vir acoplados com assistências que deem um apoio, como aquelas que chamamos de ‘marido de aluguel’, porque por mais que as mulheres façam muito, algumas coisas podem não conseguir, como consertar um cano, instalar um varal de teto, fazer um serviço elétrico”, diz a diretora da Mapfre.

Viviane pontua ainda a importância da divulgação dos custos e benefícios do seguro. “Algumas mulheres acham que vai pesar no orçamento, mas não é um seguro caro, dependendo da idade da mulher e do valor de cobertura tem prêmio de R$ 50 ou R$ 60 por mês, para ter uma garantia tão importante e ampla”, conta, reforçando que a comunicação é importante até para quem já é segurado. “O segurado deve ser informado para sempre olhar as apólices e as assistências cobertas, pois, às vezes, o custo do seguro anual se compensa por uma única assistência utilizada”.

Soluções para os riscos femininos

A Bradesco Vida e Previdência comercializa em seus produtos coberturas focadas no público feminino que garantam o planejamento financeiro e a segurança familiar. Vale destacar as coberturas de doenças graves, despesas médicas e hospitalares, além de uma série de assistências disponíveis para as seguradas.

Dentro do produto seguro de vida, a Porto Seguro oferece o Porto Seguro Vida Mais Mulher, modalidade que oferece coberturas especiais para o público feminino como diagnóstico de câncer, incluindo o de mama. O seguro fornece segunda opinião médica no caso de qualquer tipo de câncer e, no caso de diagnóstico da doença, a segurada recebe 50% do valor contratado para a cobertura de morte – com esse dinheiro pode pagar uma cuidadora, comprar alimentação diferenciada, remédios ou fazer o que preferir.

A Mapfre também possui um seguro de vida exclusivo para o público feminino, o Vida Mulher, que tem foco no diagnóstico de câncer de mama, útero e ovário. Além da cobertura de morte, o seguro indeniza em vida em caso dessas doenças para que possa fazer o tratamento. O plano de saúde cobre algumas questões, mas outras não, como a colocação de uma peruca ou prótese, que são muito importantes para a autoestima da mulher e para que ela consiga se curar.

A MAG Seguros não conta com um produto específico voltado para a mulher, mas seu seguro de doenças graves possui três módulos e oferece proteção financeira para os diagnósticos de câncer de mama e de colo de útero, que são aqueles com maior incidência no público feminino.

Conteúdo da edição de janeiro/fevereiro (228) da Revista Cobertura

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