Seguros personalizados para as regiões Norte e Nordeste. Por quê não?

POR Djalma Ferraz

Djalma Ferraz, presidente da Aconseg-NNE

Em 2023, a indústria de seguros no Brasil deve expandir próximo a 10%, ao tempo que a economia geral deve crescer 3,3%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Isso mostra a recorrência da pujança e do espaço de avanço existente em nosso mercado.

Embora as previsões econômicas para crescimento do Brasil nos próximos anos a partir de 2024 sejam mais modestas que no ano atual, o desempenho do setor de seguros continuará sempre próximo a dois dígitos.

Quando o instituto do seguro permite às empresas e aos indivíduos transferirem os seus riscos às seguradoras, ele possibilita que as pessoas exerçam com mais tranquilidade as suas atividades laborais e que os empreendimentos avancem em um cenário de estabilidade financeira e previsibilidade econômica. Sendo assim, podemos construir um círculo virtuoso em que a cultura do seguro promova o crescimento econômico de modo mais sustentável e este, por sua vez, o crescimento mais rápido do mercado de seguros.

Já sabemos que as dimensões geográficas e populacionais das duas regiões são muito significativas dentro do país e nada melhor do que as 35 assessorias associadas à Aconseg-NNE para fazerem chegar com qualidade e velocidade o produto seguro em todos os cantos deste imenso território.

A capilaridade e a proximidade das assessorias é fator decisivo para desenvolvermos a comercialização dos diversos ramos de seguros nas mais de quatro mil empresas corretoras de seguros que atuam diretamente nas regiões, tanto nas 16 capitais de estados como nas centenas de cidades do interior dessas vastas regiões.

Produtos e serviços específicos podem ser desenvolvidos pelas seguradoras e operadoras de plano de saúde para atender às regionalidades e particularidades do mercado consumidor nortista e nordestino, sem deixar de lado os produtos que atendem o consumidor nacional.

Uma visão tradicional do NNE aponta a economia regional para a vocação de atividades primárias como a mineração, a pesca e a agropecuária. Entretanto, o moderno e sustentável está presente com a utilização de energias renováveis como a solar e a eólica; na bioeconomia das florestas; na vida da população em pequenas comunidades urbanas, rurais, indígenas e quilombolas, mas também em médias cidades e algumas grandes metrópoles, abraçando situações que permeiam a agenda ESG, especialmente nas iniciais “E” de Environmental (ambiental) e “S” de Social.

Aspectos sociais e econômicos peculiares como o transporte fluvial na região amazônica, o turismo na grande faixa litorânea nordestina e, também, no interior com as diversas chapadas e festas tradicionais, a pequena e média indústria que surge diariamente para atender o consumo local, precisam ser estudadas para que o seguro faça parte do dia a dia do consumidor e permita ao corretor de seguros dessas duas regiões atender os riscos mais variados que o seu cliente possa vivenciar.

A renda média per capita inferior à média nacional requer produtos com ticket médio mais baixo, abrindo as portas para a simplificação de processos e tipos de seguros que abstenham de coberturas que não se apliquem à realidade local. Também se tornam viáveis seguros para proteção de bens de menores valores, mas que são importantes dentro do patrimônio do consumidor das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Há um ambiente favorável para o mercado de seguros do Brasil e um momento de confiança e retomada econômica para as regiões Norte e Nordeste para os próximos anos. Vamos trabalhar juntos com os principais atores do ecossistema de seguros, seguradoras e corretores, de mãos dadas com as assessorias, neste desafio promissor.

Conteúdo da edição 03 da Revista Aconseg-NNE

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