Plataforma de planejamento sucessório deve chegar a um milhão de vidas em quatro anos

Startup possui foco na organização de providências para a ‘vida que segue’ dos familiares, assegurando proteção, amparo e cuidado no momento da partida

Quando um ente querido se vai de maneira inesperada, a confusão e o sentimento de desamparo se tornam um problema tão difícil de digerir quanto a tristeza e a saudade em si. Esta é uma situação antiga, complexa, universal e que se repete com frequência; entretanto, o brasileiro, de modo geral, não costuma dar a ela a devida importância e muito menos precaver-se.

“A pandemia vem mostrando que a responsabilidade de deixar a ‘casa organizada’ é fundamental para garantir que a família vivencie o luto com mais tranquilidade e siga adiante”, reflete Marcos Silvestre, CEO e um dos fundadores da Toca Vida, plataforma digital de planejamento sucessório. Ele lembra que não se refere apenas aos documentos a serem utilizados para transferência de bens e patrimônios aos herdeiros, mas sim de um conjunto de providências que visam apoiar quem fica no planejamento da ‘vida que segue’.

Assim surgiu a Toca Vida, lifetech 100% brasileira cujo objetivo é ajudar as famílias a reunir desde documentos, contatos importantes, orientações, mensagens em geral e manifestações de desejos póstumos até fotografias, vídeos e tudo o mais que possa ser considerado relevante no momento da partida. A ideia é centralizar as informações em um único lugar para que possam ser acessadas de maneira digital, simples e prática, minimizando a sobrecarga das famílias que já se encontram abaladas pelo luto.

“Antigamente, estas informações ficavam perdidas dentro de gavetas, armários, caixas, bolsos de paletó – o que gerava transtorno para quem precisava encontrá-las. Com a digitalização dos documentos, em alguns casos, a situação até se agravou, já que nem sempre quem partiu deixou suas chaves de acesso disponíveis”, avalia o CEO.

Silvestre revela que a ferramenta começou a ser desenvolvida em 2018, muito tempo antes da crise sanitária. “Finalizamos o desenvolvimento em setembro de 2020, quando a pandemia já havia ceifado a vida de muitas pessoas. Por causa dela, encontramos espaço para falar abertamente sobre o tema”, diz o executivo.

Desenhada com base em uma metodologia de planejamento sucessório, a Toca Vida está alicerçada em três pilares: pessoas, tecnologia e educação. Segundo o fundador, o sistema teve uma preocupação especial com a experiência do usuário e a segurança dos dados- até porque foi desenvolvido depois da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Não há publicidade na plataforma, tampouco o objetivo é recolher informações sobre os usuários. “Nosso intuito é que eles depositem na plataforma apenas as informações que julgarem importantes para apoiar a família”, esclarece Silvestre.

O modelo de negócios pensado para a Toca Vida é o de assinatura, gratuita até 17 de outubro deste ano, Dia Nacional da Vacinação no Brasil. Até lá, qualquer pessoa poderá obter acesso à ferramenta sem custos, para uso ilimitado na área restrita da plataforma. “Esta é a nossa contribuição na luta contra a pandemia”, conta o executivo. Depois desta data, quem quiser conservar seu acesso pessoal precisará pagar uma anuidade de R﹩119 (menos de R﹩10 por mês). Para ingressar na Toca Vida, basta entrar no www.tocavida.com.br e pressionar o botão ‘Comece agora’.

Despedida, Vida Prática e Influência

Conforme explica o fundador, dentro da Toca Vida o usuário define quem será seu ‘guarda vida’ e terá acesso às suas informações. Segundo ele, a plataforma é composta por três pastas e cada uma tem um propósito. A da despedida, por exemplo, está ligada ao verbo amparar. “Lá dentro, é possível deixar informações com instruções sobre suas preferências sobre a cerimônia de cremação ou enterro, se é doador de órgãos, etc”.

Já na pasta de vida prática, o usuário coloca informações sobre sua vida financeira: quais bancos possui conta, como contatar o gerente, seguros de vida, apólices, planos de previdência. “Não temos nenhuma ligação com bancos. Trata-se de apenas um espaço para deixar registrado os caminhos a serem percorridos em caso de falecimento”. Silvestre conta que já viu casos de pessoas cujos entes faleceram e elas não sabiam nem mesmo a senha das câmeras de segurança. “São detalhes como estes que, quando estão organizados, fazem a diferença, amenizando o estresse”.

Já a pasta da influência está associada ao verbo inspirar. “Este espaço é destinado a conteúdos mais calorosos, de caráter afetivo e com grande valor emocional”, afirma o CEO. Ele lembra que é possível deixar vídeos, fotografias, PDFs, cartas e outros documentos que possam ser vistos em momentos especiais, como às vésperas de um casamento, ou do nascimento de um neto, por exemplo.

“Desde que me formei economista, em 1991, tenho focado meu trabalho em ajudar pessoas a conquistarem uma vida melhor através da educação transformadora, combinada com ferramentas práticas, e também conectada com produtos e serviços de qualidade, coisas que resolvem a vida das pessoas e agregam valor. Por isso, considero esse novo desafio como o ponto alto da minha trajetória profissional”, afirmou Silvestre. A expectativa do executivo é chegar a um milhão de famílias protegidas em apenas quatro anos.

 

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